Entrevista

30 anos de ajuda aos estudantes

30 anos de ajuda aos estudantes

O Núcleo de Orientação e Atendimento Psicopedagógico (NOAP) comemora 30 anos de existência na sexta-feira, 19. Com o objetivo de auxiliar alunos de escolas públicas e universitários da PUC-Rio que apresentam baixo rendimento acadêmico, o NOAP conta com o trabalho de voluntários para ajudar esses jovens com dificuldades. A Coordenadora Geral do NOAP, Maria Luiza Gomes Teixeira, fala sobre como funciona o núcleo e o que esperar dos próximos anos.

O que é o NOAP?

Maria Luiza Gomes Teixeira – É o Núcleo de Orientação e Atendimento Psicopedagógico, que há 30 anos trabalha na linha da aprendizagem. O trabalho é feito com as escolas da comunidade e com universitários que apresentam dificuldades nas aulas. Nós atendemos preferencialmente alunos de escolas públicas ou bolsistas de escolas particulares, porque tentamos privilegiar aqueles que têm mais dificuldades. Os alunos podem ser encaminhados pela escola ou departamento ou até vir espontaneamente. Nós trabalhamos com os alunos a interpretação de texto, expressão oral, timidez e até baixa autoestima.

Quantas pessoas foram ajudadas pelo NOAP?

Maria Luiza – Trabalhamos com 52 escolas e ainda fazemos atendimento aos universitários. São 30 anos de atendimento e, em média, atendemos 150 pessoas por mês, o que dá um número bem expressivo.

Quais as principais mudanças nesses 30 anos?

Maria Luiza – No começo, as escolas eram as que mais solicitavam ajuda para os alunos, enquanto a Universidade não solicitava tanto. Atualmente, os próprios universitários nos procuram muito, principalmente os alunos do Centro Técnico Científico, que têm dificuldades em algumas matérias e costumam ter um número alto de reprovação.

Quem trabalha no NOAP?

Maria Luiza – Temos duas pessoas com vínculo com a PUC e mais 15 voluntários que nos ajudam a coordenar os grupos de ensino. Todo o trabalho do NOAP é feito por voluntários que são ex-alunos da PUC-Rio.

Como vai ser a comemoração dos 30 anos?

Maria Luiza – Vamos fazer um debate sobre Autoria e Autonomia, e haverá uma exposição com obras das crianças que frequentam o NOAP, que trará a visão delas sobre as visitas à PUC. Será lançado o livro Nas Trilhas da Psicopedagogia, o terceiro elaborado pela equipe do NOAP. Além disso, teremos um coquetel de confraternização com voluntários, ex-coordenadores, estagiários, professores e todo mundo que auxilia o NOAP.

Algum projeto para o futuro?

Maria Luiza – O nosso principal projeto é continuar correspondendo às demandas da Educação, que ainda são muitas no Brasil. Outro objetivo é trabalhar um pouco mais na pesquisa de alternativas para restaurar o fluxo do prazer de aprender, conhecer, ler, escrever e contar.