Entrevista

A engenharia e a transformação digital

A engenharia e a transformação digital

Ana Beatriz e Wendel explicam sobre o HackEng Foto: Amanda Dutra

Com o tema O papel do Engenheiro na transformação digital, a 4ª edição da Semana Integrada de Engenharia (SIEng) será realizada entre esta segunda, 20, e sexta-feira, 24, em diferentes locais do campus. O encontro também terá entre as suas atividades o HackEng, uma adaptação do Hackaton, que é uma maratona de programação. Com mais de 100 atividades programadas, o encontro terá o patrocínio oito empresas, das áreas de beleza, de mineração, de moda, de comércio eletrônico, naval, financeira e de fabricação de água mineral. Alunos de engenharia Ana Beatriz Victor de Oliveira e Wendel da Costa Resende fazem parte da organização da SIEng e contam um pouco da programação do encontro e explicam a dinâmica da Semana Integrada.

Como vão serão as atividades da SIEng este ano?

Ana Beatriz Oliveira – Contamos este ano com palestras, workshops, minicursos, visitas técnicas, assim como nos outros anos, mas estamos com uma expectativa maior do público. O HackEng, que é um Hackaton diferenciado, vai abordar todos os cursos, não fechamos para Engenharia, então não será aquele Hackaton clássico com maratona de programação, mas uma maratona de desenvolvimento de ideias.

Wendel Resende – A aposta é a HackEng, que é uma novidade. Além disso, nós temos também um número maior de atividades, das palestras e dos minicursos. A expectativa está grande, nós esperamos um bom público. Nosso público-alvo é o curso de engenharia, mas estamos abertos para qualquer curso. Nós não restringimos.

O papel do engenheiro na transformação digital é o tema deste ano. Qual a relevância dele para o cenário da engenharia e da tecnologia nos dias de hoje?

Ana Beatriz – Este tema surgiu de uma conversa dos alunos que fazem parte da comissão organizadora do encontro com a comissão de professores que nos orienta. Também fizemos uma pesquisa com os alunos pela nossa página no Facebook. No final, decidimos o tema com os professores. É um assunto bastante atual, e como ano passado nós falamos de inovação, este ano queremos trazer a inovação, que é a transformação digital, e como ela vai impactar na nossa profissão. Cada vez mais nós precisamos ter pessoas criativas porque, com a transformação digital, nós perdemos alguns trabalhos que são ditos manuais. Assim, a Semana vai abordar como o aluno deve se preparar para esse mercado de trabalho.

Vocês acham que é interessante a Engenharia se abrir para esse lado mais criativo?

Wendel – Eu acho que isso é uma tendência. O nosso evento se encaminha muito para esse lado, ao incentivar os alunos a pensarem coisas novas. O próprio HackEng tem muito disso, de inovação, de buscar soluções.

Ana Beatriz – Hoje se espera mais do aluno, mais que replicar o conhecimento que aprende em sala de aula, o professor quer que ele pense além da caixa.

Como foi desenvolvido o HackEng? Quais as semelhanças e diferenças com o Hackaton?

Ana Beatriz – É a primeira vez que vamos fazer o HackEng, este formato de atividade, então tivemos uma consultoria com o ECOA PUC-Rio e com Laboratório de Engenharia de Software (LES). Eles formaram um grupo de mentores para ajudar a desenvolver a Semana. Como algumas empresas vão participar desta maratona, elas mesmas, com as experiências delas em Hackaton, nos deram uma orientação de como nós deveríamos desenvolver. Além da pesquisa que fizemos sobre outras maratonas de programação, olhamos outros eventos para sabermos como fazer o nosso. É uma apresentação de ideias. Não necessariamente precisa saber programar. Este é o nosso principal diferencial. Para começar, ela vai durar 24 horas, de quinta a sexta-feira.

Como os alunos poderão participar da SIEng?

Ana Beatriz – Os alunos participam desde o início na organização. Contamos com aproximadamente 40 alunos, e a partir das atividades preparadas, fazemos o convite para as empresas, respondemos dúvidas de alunos, efetuamos reserva de locais na PUC, fazemos orçamento de materiais necessários, então os alunos participam desde o início do processo. Mas na Semana, eles podem participar das atividades normalmente, mas também como staff, porque precisamos muito deles para ajudar a organizar as filas, enfim, a logística do evento. E o encontro é aberto para qualquer pessoa, de dentro ou de fora da Universidade.