Entrevista

À procura de novas vozes e timbres

À procura de novas vozes e timbres

Responsável por ser a voz da Universidade, o Coral da PUC-Rio está com vagas abertas para novos cantores. Timbres masculinos e femininos, do mais grave ao mais agudo, são bem-vindos. O que importa é ter alguma noção de canto e mostrar comprometimento com a responsabilidade de representar a Universidade nos mais variados eventos, cerimônias e solenidades. O monitor Daniel Calvante contou ao PUC URGENTE como funciona o longo processo seletivo de novos integrantes e os principais pré-requisitos para aqueles que sonham em ingressar no grupo de coralistas.

Como funciona o processo de seleção para os novos integrantes do Coral e como são as etapas?
Daniel Calvante: 
Atualmente, o processo seletivo tem quatro fases. Esse número de etapas se faz necessário, já que o Coral não é amador e tem no repertório peças de alto nível musical que requerem coralistas aptos a lidar com esse tipo de exigência. Na primeira fase, selecionamos os candidatos que cumprem os pré-requisitos: afinação, ritmo, ouvido e musicalidade. Na segunda fase, timbre, técnica e sonoridade são avaliados com maior rigor, além da familiaridade com harmonias, acordes e escalas menores. O candidato deve apresentar uma voz que case com o som do coro. Na etapa seguinte, os candidatos passam por uma bateria de testes mais complexos, que envolvem habilidades vocais, respiração, dicção, ritmo, forma e projeção vocal. Essa fase é a última antes da convocação dos candidatos a participar de um período de testes de quatro meses, em que ele frequentam os ensaios do coral e são observados. Após esse período, avaliamos o desempenho dos novos coralistas no aprendizado das músicas, desenvolvimento vocal e assiduidade com os ensaios e apresentações. A partir daí, a direção do coral decide sobre a permanência ou não de cada um dos recém-ingressados.

De que forma atua o coralista?
Daniel: 
O coralista é responsável por aprender, o mais rápido possível, todo o extenso repertório do Coral da PUC-Rio, que tem uma média de 50 peças por ano. É preciso também frequentar todos os ensaios e aproveitá-los para desenvolver a habilidade de canto. Atuamos principalmente nas missas e em eventos dentro da PUC. Ensaiamos quatro horas por semana coletivamente e, nos fins de semana, individualmente.

O que os selecionados devem fazer para aproveitar ao máximo a nova experiência?
Daniel:
 Todos os selecionados devem se esforçar para estudar e aprender as músicas. Em nossas apresentações, não permitimos o uso de partituras, o que obriga nossos coralistas a cantar as músicas de cabeça. Tudo que cantamos está disponível em um software que permite que as notas das músicas sejam tocadas no computador, o que facilita o estudo em casa. Concentração, capacidade de estudo, disciplina, integração ao grupo e sociabilidade são outras características marcantes em nossos coralistas.

É preciso que o candidato tenha alguma noção ou experiência prévia de canto?
Daniel:
 Não é necessário, mas experiência é sempre bem-vinda e é diferencial no processo seletivo. Admitimos muitos coralistas sem experiência vocal, mas com excelentes vozes. Saber cantar é fundamental, pelo nível de nossas músicas. Não podemos admitir candidatos que não dominem o canto. Acredito que esse seja o primeiro requisito, embora já tenhamos admitido muitos candidatos que se descobriram cantores durante os testes. Vale a pena tentar, independentemente do nível e da afinidade com o canto.

O Coral concede bolsas para os integrantes?
Daniel: O Coral tem 24 bolsas atualmente, seis por naipe, que são distribuídas aos coralistas que apresentam o melhor desempenho no grupo. Após o período de testes, o candidato recebe 25% de bolsa. Após um ano no grupo, a bolsa pode chegar a até 50%, de acordo com o desempenho.

Inscrições: O candidato deve enviar um e-mail com o assunto “TESTE” para coral@puc-rio.br, para receber um e-mail com as informações detalhadas sobre a inscrição.