Entrevista

Acessibilidade como meio de inclusão

Acessibilidade como meio de inclusão

O presidente do DCE, Pedro Duarte

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) promove a I Semana de Acessibilidade da PUC-Rio entre esta segunda, 11, e sexta-feira, 15. O objetivo das atividades é conscientizar os alunos e a comunidade sobre a importância de garantir melhor acesso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os encontros são abertos ao público e vão ocorrer no Auditório Padre José de Anchieta, no Edifício Cardeal Leme, e nos pilotisdo Edifício da Amizade. O presidente do DCE, Pedro Duarte, destacou a importância de abordar o tema no meio acadêmico e na sociedade.

Qual o objetivo da I Semana de Acessibilidade da PUC-Rio?

Pedro Duarte: O objetivo é despertar o tema da acessibilidade de portadores de deficiência na comunidade. Consensualmente, a sociedade apoia a causa. Se paramos alguém na rua e perguntamos se ela se preocupa com a acessibilidade de deficientes, ela vai dizer que sim. No entanto, as pessoas não conhecem ou não se aprofundam no assunto. A ideia é trazer o debate para a Universidade, mostrar ao aluno que o tema é importante, atinge muitas pessoas e precisa ser pensando mais a fundo. Esperamos que da I Semana de Acessibilidade saiam propostas para serem implementadas na PUC e no entorno.

Como foi escolhido o tema Acessibilidade para Deficientes?

Pedro: No ano passado, a nossa chapa, Muda DCE, disputou a eleição para o Diretório Central dos Estudantes da Universidade e, durante os debates, procuramos diversos setores e alunos da PUC. Observamos que há uma parcela considerável de pessoas com deficiência física ou mental que frequentam o campus e reclamam de pontos inacessíveis. No centro da participação política e da representação estudantil temos um dos lugares mais inacessíveis. Um dos princípios mais importantes do DCE é a representação dos alunos, mas a nossa estrutura fica na Vila dos Diretórios, e a Vila é um dos exemplos mais claros de inacessibilidade. As ruas são de paralelepípedos, não há elevador e os locais que poderiam ser usados têm imperfeições.

Como foi feita a escolha dos palestrantes?

Pedro: Procuramos instituições e ONGs especializadas na área, como a Comissão de Defesa dos Deficientes, da OAB, e, na PUC, o Centro de Vida Independente (CVI). Sugerimos a ideia para essas instituições e, desde então, eles nos sugeriram temas e assuntos relevantes para serem debatidos e nomes importantes para ministrarem os encontros.

Onde serão realizadas as atividades?

Pedro: O único auditório acessível do campus é o Anchieta, no Edifício Cardeal Leme. O ambiente tem as portas grandes e há corredores largos entre as cadeiras. Outro ponto será os pilotis, no Edifício da Amizade. Queremos aproximar os alunos das questões que envolvam a acessibilidade de pessoas com deficiência.

► PROGRAMAÇÃO

Segunda-feira, 11 – 8h30: Apresentação de teclado; 9h: Instrumentos de política pública
para a pessoa com deficiência, com Antônio Renato da Cunha e Georgette Vidor; 11h: Acessibilidade na atenção à saúde das pessoas com deficiência, com José Otávio Pompeu e Silva, Luiza Costa e Valéria Marques; 13h: Marketing e paradesporto, com Carina Alves e Gustavo Fernandes e 19h: Esportes e pessoas com deficiência – Panorama e possibilidades de ações, com Gabriel Mayr, Jefferson Maia e Nena Bouzan.

Terça-feira, 12 – 9h: Tecnologia assistiva na educação inclusiva, com José Antonio Borges e Renata Eyer de Araújo; 11h: O direito à educação inclusiva, com Sandra Kiefer e Maria Antônia Goulart; 13h: Turismo inclusivo – Uma realidade possível, com Costança M. Homem de Carvalho e Sandra Kiefer; 19h: Acessibilidade em projetos culturais, com Graciela Pozzobon e Lara Pozzobon.

Quarta-feira, 13 – 9h: Um novo olhar para as relações – Um convite à reflexão, com
Armando Nembri; 11h: O movimento político das pessoas com deficiência no Brasil e a convenção da ONU, com Izabel Maior e Lilia Pinto; 13h: Acessibilidade e mercado de trabalho, com Debora Marcarenhas, Joaquim Travassos e João Alves; 15h: Exposição
artística dos pintores com a boca e os pés; 19h: A segunda-feira nasce para todos, com Bruno Mendes.

Quinta-feira, 14 – 9h: Pessoas com deficiência – Igualdade na diversidade, com Geraldo
Nogueira, Kênia Rio e Luís Cláudio Freitas; 11h: Direito e cão-guia – Um novo jeito de viver, com Camila Alves e Ethel Rosenfeld; 13h: Histórias de vida – A negação da superação e barreiras atitudinais, com Daniel Gonçalves e Sheila Melo; 19h: Aspectos sociais e clínicos da surdez – A oralização e a língua brasileira de sinais, com Mônica Campello, Paula Pfeifer e Priscilla Cavalcante.

Sexta-feira, 15 – 9h: A acessibilidade, as leis e a discriminação da pessoa com deficiência, com Caio Silva, Gonzalo Lopez e Gustavo Proença; 11h: Mesa e encerramento: A representação parlamentar, com o deputado federal Otávio Leite, presidente da frente parlamentar pró pessoas com deficiência; 13h: Apresentação do grupo Cia de Dança sobre rodas Margareth Meirelles.