Entrevista

Aprendizagem dentro e fora da Universidade

O Centro Loyola de Fé e Cultura comemora 20 anos em março de 2014,com a missão de ajudar as pessoas a entenderem que religião, educação, ciência e cultura podem andar juntas, e que a interação universidade e comunidade é essencial para a aprendizagem. O diretor da instituição, padre José Maria Fernandes, S.J., relata um pouco da trajetória do Centro Loyola e de projetos futuros.

Como surgiu o Centro Loyola de Fé e Cultura? Com qual objetivo?

Padre José Maria Fernandes, S.J.: A casa que hoje é o Centro Loyola
de Fé e Cultura foi doada por uma família, que pediu que ela fosse usada para a formação de pessoas. Diante disso, o padre Francisco Ivern, S.J., sugeriu o projeto do Centro. A Universidade é aquela que congrega, ensina, orienta e prepara. É algo mais interior. Um centro cultural tem por missão levar esses objetivos para outros campos. Esse é o espírito que rege o Centro Loyola de Fé e Cultura, entrar em diálogo com o mundo.

Qual o legado da instituição ao longo desses 20 anos?

Padre Fernandes: O Centro realiza diversas atividades. São cursos, eventos, exposições, teatro, música, espiritualidade, palestras, debates entre outras coisas. Muitas pessoas já passaram por aqui. Hoje, alunos
que fizeram cursos há 20 anos são líderes em suas paróquias, em suas comunidades. Isso nos faz pensar que a nossa missão foi cumprida.

Qual a importância deste trabalho para a comunidade?

Padre Fernandes: O Centro tem três núcleos. O núcleo espiritual, que cuida de manhãs de oração, retiros espirituais, encontros temáticos, entre
outras ações ligadas à espiritualidade. O núcleo de cursos oferece, no período de um ou dois meses, atividades com uma gama enorme de assuntos,
que vai de estudo bíblico, filosófico, antropológico à ciência, história, entre outros. O núcleo de eventos cuida das palestras, conferências, exposições. Juntos, eles proporcionam, para a comunidade, diversos eventos fora do ambiente universitário.

Quais os próximos projetos?

Padres Fernandes:
 Temos uma leitura do texto de Fernando Pessoa, que é uma peça chamada O Marinheiro. Vamos ter também a música de Taizé, um mosteiro na França que faz um tipo de música que se parece com um mantra. E o mosteiro tem uma casa aqui no Brasil, que fica em Alagoinhas, na Bahia. Nós já entramos em contato com o superior da comunidade e eles vão se apresentar aqui no Centro.