Entrevista

Criatividade nos empreendimentos

Criatividade nos empreendimentos

Nesta segunda-feira, 19, começa o Ciclo de palestras: Criatividade e Transformação, organizado pela Coordenação Central de Estágios e Serviços Profissionais da PUC (CCESP). Por meio de palestras e dinâmicas em grupo, os encontros promovem o contato dos alunos da Universidade com empresas como a Globo, a White Martins e a cervejaria Noi. Coordenador da CCESP, o professor André Lacombe, do Departamento de Administração, ressalta que o Ciclo não se limita a ofertas de estágio, mas procura estimular a criatividade e o espírito empreendedor dos alunos, em um mercado de trabalho que necessita de transformação. A conferência será todos os dias desta semana, das 9h às 18h30, no campus da PUC. Para mais informações, o aluno pode enviar um e-mail para patrícia_araujo@ccesp.puc-rio.br.

Qual o objetivo do ciclo de palestras?

André Lacombe: O ciclo de palestras é provocativo em uma época que precisa de mudanças. Hoje, as empresas estão mais seletivas, há uma demanda muito grande e estamos em uma fase de crise. A empresa quer uma pessoa diferente, porque precisa de soluções. O que fazer de diferente? O que a geração de alunos da PUC pretende fazer? Será que economia colaborativa se encaixa no perfil da minha empresa? Ouvir pessoas diferentes faz parte da fórmula de uma eventual solução a curto prazo, e é isso que estamos tentando fazer, trazer pessoas com algumas ideias diferentes, criativas, e provocar os alunos.

Quem são os palestrantes?

Lacombe: Há as empresas de grande porte, como a Globo, a White Martins e a Icatu Seguros, com os presidentes ou diretores – os tomadores de decisão. Estarão presentes também vários donos de negócios, e destaco dois aspectos: as oportunidades de emprego e relatos de pessoas que começaram o próprio negócio, ou seja, criaram o trabalho a partir de uma ideia. Um dos convidados é Lucas Chiabi, do Ciclo Orgânico. Ele mora na Zona Sul, estuda engenharia ambiental e sempre quis trabalhar com compostagem. Na empresa, ele faz uma assinatura: pagam para ele realizar coleta seletiva de lixo orgânico da casa dessas pessoas. Ele pega o material e leva para dois terrenos onde o lixo é tratado, gera uma compostagem e mudinhas de plantas. A pessoa pode usar o pacote de terra adubada para as plantas da casa. Se ela cansou ou não tem mais espaço, pode começar a doar a terra: ele já tem alguns produtores orgânicos que usam essa terra adubada. Se faz um ciclo. Ele ganha dinheiro por essas assinaturas e já contrata estagiários da PUC. É uma ideia que gera um negócio.

Como serão os encontros com os empresários?

Lacombe: Os encontros são de várias naturezas: olha como eu fiz, vou te dizer como eu acho que você pode chegar lá; estou aqui e posso te ajudar a montar o seu negócio de alguma forma; ou, tenho vagas para você. Essas naturezas são diferentes. O estágio está pronto e esperando por você no sentido tradicional; o outro diz que, se você começar um negócio, te ajudo mais adiante; e os outros defendem que, se você tiver um pouco de criatividade e força de vontade, seguindo esse modelo, nós chegamos lá. Algumas empresas farão a palestra e depois, para quem quiser, darão a oportunidade de uma reunião reservada com eles e participar de entrevistas – para contratação ou para discutir as possibilidades no exterior, como no caso da Impact-IT.

Além das palestras, como será a programação?

Lacombe: A Noi tem 12 marcas diferentes de cerveja. Não foi possível fazer uma degustação na PUC, mas a loja fica perto, no Leblon. Ao fim da palestra, na quarta-feira, faremos sorteios de kits de degustação. O sorteado pode experimentar cerveja na loja e conhecer o lugar. No caso do Leo Feijó, que é promotor cultural, sugeri que ele trouxesse músicos, na quinta-feira à noite, para um happy hour.

Que público o ciclo Criatividade e Transformação pretende atingir?

Lacombe: Principalmente os estudantes da PUC, mais do que pessoas de fora. O encontro é aberto, faremos anúncio externo, mas o foco está nos alunos da PUC, de qualquer curso.