Entrevista

Encontros científicos e afetivos

Encontros científicos e afetivos

Para comemorar os 60 anos de fundação, o Departamento de Psicologia promove o encontro Saúde e Responsabilidade Social, desta segunda, 28, a sexta-feira, 1º. Durante a semana, serão organizados shows e saraus no anfiteatro Junito Brandão, além de mesas-redondas, com ex-alunos do curso vão comentar experiências profissionais. Nos pilotis da Ala Kennedy, haverá oficinas na Tenda Mundo PSI, e exposições de livros de professores. O diretor do Departamento, J. Landeira-Fernandez, e a coordenadora do programa de pós-graduação, Andrea Seixas, falaram sobre as modificações ocorridas nessas seis décadas e da importância das atividades que serão realizadas nesta semana. O curso, o primeiro instalado no Rio de Janeiro, hoje tem 700 alunos. A programação completado evento está no site www.psi.puc-rio.br .

Quais as principais diferenças entre o Departamento atual e o fundado há 60 anos?

Andrea Seixas:
 Há 60 anos, o curso começou com a graduação e não tinha o tamanho da estrutura de hoje. Não havia pós-graduação, embora anossa seja uma das mais antigas. O curso começou com o IPA (Instituto de Psicologia Aplicada), que originou o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), a clínica que existe hoje. Ao longo desses 60 anos, o Departamento teve o desenvolvimento de pesquisas de campos de atuação na psicologia. Antigamente, não havia a quantidade de especializações que existem hoje.

Em comparação com as outras universidades, qual é o diferencial do curso de psicologiada PUC?

J. Landeira-Fernandez:
 De todos os cursos de psicologiado Rio de Janeiro, o único que tem biotérioe realiza pesquisas em neurociência é o da PUC. Todosos cursos de psicologia do Rio de Janeiro têm um aspecto em comum: são cursos com base na psicanálise. Alguns prezam, também, a área social. Uma curiosidade é que nenhum curso de psicologia do Rio tem nota cinco no Enade. O curso de Psicologia da PUC tem nota quatro, a melhor entre as universidades particulares.

Andrea: É um curso bem diversificado. Há grande ênfase histórica na clínica, sem desprezar a área experimental. Pelo contrário, o curso manteve e cresceu na área experimental. Existe o desenvolvimento da psicologia experimental, a do trabalho, a da clínica, a mais voltada para o social, prestigiando assim todas as áreas. Essa diversidade e o respeito do trabalho das diferentes áreas da psicologia são importantes. Mas as especializações do Departamento são basicamente na área clínica. A pós-graduação tem o nome de pós-graduação em psicologia clínica. São as pesquisas na clínica que têm maior destaque.

E como será a semana da psicologia?

Andrea:
 É uma semana comemorativa. Vamos realizar diversos tipos de atividades. Uma delas é a realização de palestras dentro das salas de aula, chamadas de Bom filho à casa retorna. Esses encontros serão formados por ex-alunos que fizeram graduação na PUC e se destacaram em diferentes áreas profissionais. Como, por exemplo, o professor Aroldo Rodrigues, distante da Universidade desde 1980, ele participará da conferência de abertura, na segunda-feira, 28. Rodrigues integrou a primeira turma do curso, em 1953, e foi professor e diretor do Departamento. As atividades têm esse caráter científico,de informação, mas também são afetivas. É uma reunião das pessoas que fazem parte dessa história. Houve a preocupação de trazer de volta a história viva, com pessoas que estão trabalhandoe se destacando. E, ao mesmo tempo, ocorrerão atividades de caráter social.

Qual é a importância da semana para a comunidade PUC?

Landeira-Fernandez: A partir das atividades nos pilotis, o Departamento terá maior visibilidade. O evento vai trazer pessoas que não cursam psicologia para conhecer o Departamento, que apresenta grande variabilidade. A psicologia, por si só, já é bastante rica em perspectivas, e isso vai fazer com que as pessoas possam conhecer diferentes atividades. A Semana de Psicologia tem um novidade: durante a semana, o professor dará aula, com a presença de um palestrante, que será um ex-aluno.