Entrevista

Espaço de integração para conhecimentos

Espaço de integração para conhecimentos

Coordenadora geral da Cátedra Maria Clara Bingemer. Foto: Isabella Lacerda

A Cátedra Carlo Maria Martini – CTCH será reinaugurada nesta terça-feira, 3, na sala 501/8-L, às 10h30. A nova proposta é expandir o espaço e os programas para os demais departamentos da Universidade. Responsável pela coordenação geral da Cátedra, a professora Maria Clara Bingemer, do Departamento de Teologia, define o local como interdisciplinar e mais acolhedor. A atuação da Cátedra é voltada para projetos que abordam temas como a pluralidade social, e as variadas expressões religiosas do país. Além disso, realiza atividades em parceria com universidades internacionais e nacionais.

Qual é o objetivo da reinauguração da Cátedra?

Maria Clara Bingemer: A Cátedra se revelou um espaço atraente e integrador, sobretudo para os alunos da Teologia. A nossa ideia de renovar o local é fazê-lo mais confortável, bonito e atraente. Primeiro, nós queremos que ele fique cada vez mais acolhedor para os alunos da Teologia. Além disso, queremos que haja integração de outros setores da Universidade, outros departamentos, estudantes e professores. O Decanato do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) tem um convênio com a Cátedra, mas outros departamentos também poderão desenvolver atividades conosco.

Quais serão os novos projetos?

Maria Clara: Estamos pensando em fazer um Café Teológico. Seria uma conversa com café, e nós poderemos debater sobre algum tema teológico por um tempo mais longo. Em setembro deste ano, faremos um projeto grande que é o congresso internacional da Associação Latino Americano de Literatura e Teologia (ALALITE), ou seja, dois departamentos envolvidos, o de Letras e o de Teologia. O congresso vai ser aqui, e a Cátedra está se encarregando da organização. No final de cada mês, os estudantes preparam uma reunião e refletem sobre o que eles viram no mês. Agora queremos criar novos projetos e já fizemos alguns ensaios. Fizemos reuniões mais longas.

O que a mudança da sala traz de benefício à cátedra?

Maria Clara: Nós queremos que seja um local mais acolhedor, gostoso e atrativo para que os alunos passem mais tempo aqui, apesar de termos uma presença constante dos estudantes. A ideia é fazer um espaço de todos. O espaço é multiuso, flexível e maior justamente por isso. Nós compramos cadeiras, então podemos transformar a nova sala em um miniauditório, dar uma festa.

Os projetos atuais serão mantidos?

Maria Clara: Obviamente, sempre terão prioridade os projetos da Cátedra, que é o diálogo com a fé. Se a agenda permitir, o Departamento de Letras, por exemplo, poderá fazer uma reunião aqui, assim como outro departamento. A proposta é ser um espaço interdepartamental dentro da Universidade, com ênfase no curso de Teologia e nas Ciências Humanas.

Você poderia dar exemplos dos projetos?

Maria Clara: Nós temos um projeto que funciona há vários anos. Ele se chama Notícias Teológicas que é às terças-feiras, às 10h30, em que os alunos, nos intervalos das aulas, propõem a agenda de temas em um tempo mais curto. Os projetos abordam tópicos da atualidade, diálogo com a fé e teologia, e ainda trouxemos pessoas que vêm de outros lugares para falar e expor [sobre o assunto]. Ano passado saiu a encíclica do Papa Francisco Amoris Laetitia, então todo mundo queria que se fizesse um debate e aprofundasse mais o conteúdo do documento, e a Cátedra organizou. Somos parceiros do Departamento de Teologia, por isso já realizamos encontros sobre teologia negra que, particularmente, ficou muito interessante. Nós trouxemos teólogos de fora, ativistas do movimento negro, o coletivo Nuvem Negra da PUC.