A PUC-Rio receberá, entre os dias 10 e 16 de junho, o Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. O evento, que antecederá a Rio+20, terá a presença de cientistas brasileiros e estrangeiros. O Reitor da Universidade, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., fala sobre a importância de a PUC receber o Fórum e como a comunidade PUC pode aproveitar os debates.

Qual o significado local e global da Conferência da ONU, Rio+20?
Padre Josafá Carlos de Siqueira:A Rio+20 tem um significado local e planetário, uma vez que os problemas relacionados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável atingem ambas as escalas, pois, nos dias atuais, as ações locais repercutem no global e as decisões globais têm consequências locais. Na perspectiva global, a Rio+20 é a continuação de um processo iniciado há 20 anos, onde algumas questões socioambientais continuam sendo discutidas, ora com avanços, ora com falta de consenso em pontos polêmicos. Ela é importante porque reúne os políticos, os cientistas e as organizações da sociedade civil de todo o mundo, com o objetivo de buscar soluções de interesse mundial, como a preservação do meio ambiente e as alternativas de desenvolvimentos sustentáveis. No âmbito local, a Rio+20 tem um significado importante, não só porque traz à memória os grandes ideais da Rio-92 e a visibilidade do Brasil e do Rio de Janeiro no cenário internacional, mas, também, porque teremos possibilidades de tratar questões locais e regionais que foram abordadas ao longo desses 20 anos, algumas com sucessos e outras preocupantes.

Qual o significado do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá uma semana antes da Rio+20, na PUC-Rio?
Padre Josafá: Este Fórum, que acontecerá nos dias 10 a 16 de junho de 2012, na PUC-Rio, tem um significado extremamente importante para a Universidade e a Rio+20. Para a PUC-Rio, por várias razões. Chamo a atenção apenas de quatro: 1º) Porque concorremos com outras instituições na cidade para sediar o evento e fomos vencedores, tanto por motivos geográficos e ecológicos de nosso campus, como pelo compromisso da Universidade com a sustentabilidade, expresso na Agenda Ambiental Institucional; 2º) A PUC-Rio vem ocupando lugar de destaque nos rankings internacionais que medem a sustentabilidade nas Universidades, como foi o caso do UI Green Metric em 2010 e 2011; 3º) Pela presença em nosso campus de cientistas nacionais e internacionais, de diferentes áreas das ciências, possibilitando-nos acompanhar mais de perto as questões, os debates e as soluções que certamente servirão de subsídios para a Rio+20; 4º) Pela visibilidade da PUC-Rio em possuir uma instância como o NIMA, com capacidade de articular os diferentes departamentos da Universidade, em torno de uma temática transversal como o meio ambiente e a sustentabilidade, mostrando a importância do diálogo e da troca de conhecimento entre os saberes científicos, sobretudo em questões de interesse local e planetário.

Como a comunidade acadêmica pode aproveitar os debates em torno das questões que serão discutidas no Fórum e na Rio +20?
Padre Josafá: A comunidade educativa da PUC-Rio poderá aproveitar os debates de diferentes maneiras. Primeiro: acompanhando os acontecimentos pela imprensa local (rádio, televisão, internet, redes sociais etc) e pelos órgãos de divulgação da PUC-Rio, coordenados pelo Projeto Comunicar (PUC Urgente, Jornal da PUC, TV PUC, etc) e pelo Departamento de Comunicação Social (Portal PUC Digital). Segundo: pelos contatos com alguns cientistas que certamente circularão no campus universitário durante o Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação. Terceiro: pela participação via voluntariado que está sendo organizado pelo NIMA. Quarto: pelo testemunho que podemos dar em manter limpa a área verde do campus, evitando excesso de ruídos, reciclando o lixo e procurando discutir em sala de aulas com os professores, as temáticas que constarão da pauta de ambos os eventos. É um momento privilegiado, tanto para a busca de soluções práticas e inteligentes em prol da sustentabilidade, como também para uma reflexão crítica e profunda das questões socioambientais.