Entrevista

Foto panorâmica da Universidade

Foto panorâmica da Universidade

A partir desta segunda-feira, 26, até o dia 25 de outubro, a PUC-Rio realiza a Avaliação Interna, uma ferramenta de análise das condições de ensino, trabalho e infraestrutura da Universidade que, a partir deste ano, passa a integrar os cursos de pós-graduação Lato Sensu, coordenados pela CCE. A avaliação é utilizada como base para ações de melhoria e aperfeiçoamento; os questionários – específicos para alunos, professores e funcionários – são preenchidos anonimamente. Os professores Moisés Szwarcman, da Coordenação Central de Infraestrutura (CIEE), Daniela Vargas, da Coordenação Central de Graduação (CCG), e Alfredo Jefferson, da Coordenação Central de Extensão (CCE), destacam a importância da avaliação para o mapeamento da instituição e o planejamento de ações.

Como se deu a participação das coordenações no processo de construção dos questionários?

Daniela Vargas: O questionário de Avaliação Interna é discutido no âmbito da Comissão Própria de Avaliação (CPA), da qual faço parte. A Coordenação Central de Graduação tem a preocupação de se atualizar permanentemente quanto às informações sobre ensino e condições físicas da PUC-Rio, em especial no tocante a salas de aula e laboratórios.

Moisés Szwarcman: A Coordenação Central de Infraestrutura, alinhada a todas as outras, tenta suprir as necessidades apontadas a respeito dos ambientes da Universidade.

Alfredo Jefferson: A Coordenação Central de Extensão já tinha uma avaliação anterior, que abrange desde as salas de aula, laboratórios, professores e conteúdo até os canais de atendimento. Buscamos, agora, nos alinhar com o método de coleta de dados da Universidade, a fim de estabelecer uma percepção conjunta.

Como os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu serão envolvidos na Avaliação Interna?

Alfredo Jefferson: A Pós-Graduação Lato Sensu, além de se dar no período noturno, tem um público que vem estudar depois do trabalho. Por outro lado, a CCE dispõe, além da Gávea, de unidades na Barra, no Centro e em Duque de Caxias, cada um também com suas especificidades. Pela primeira vez, nossos dados serão cruzados e consolidados com os da Universidade. Com isso, será possível buscar um padrão, uma série histórica para análise de resultados, que vai nortear estratégias futuras.

Como chegam os resultados da avaliação para suas coordenações?

Daniela: Os resultados chegam por meio da Coordenação Central de Planejamento e Avaliação Acadêmica (CCPA), que efetua relatórios a partir dos dados coletados; com base nesses resultados – abertos a toda a comunidade PUC, não apenas é possível promover melhorias como também acompanhar a evolução de demandas de questionários anteriores, observando se uma intervenção foi bem-sucedida e se os resultados foram percebidos pela comunidade. Também podemos atuar em questões pontuais, críticas em um determinado curso ou reforçar boas práticas a partir dos elogios.

O que cada coordenação executa com base nesses resultados? Poderiam dar exemplos de ações?

Daniela: No caso da CCG, as respostas são importantes para trazer questões muitas vezes não percebidas nas avaliações semestrais de cursos, mas que podem fazer a diferença. A mudança do contexto social nos últimos anos, por exemplo, alterou a dinâmica da vida universitária, com reflexos claros na avaliação. Mostrou-se crescente a necessidade de espaços para estudo e convivência, pois os alunos passam muito mais tempo no campus, seja em função de trabalhos de grupo, do trânsito, ou, muito importante, das novas práticas pedagógicas que requerem mais interação e interdisciplinaridade. Outra necessidade atendida foi a criação de secretarias físicas para cursos como o de Arquitetura, ao percebermos que os alunos sentiam falta de um ponto de referência.

Szwarcman: Buscamos atender as solicitações, principalmente, a respeito de salas de aula e laboratórios. Por exemplo, acabamos de entregar, na Ala Frings, uma sala para o curso de Artes & Design e uma rampa de acessibilidade no prédio do IMA, utilizado pelos departamentos de Artes e Arquitetura. Além das reformas permanentes na infraestrutura comum, estamos investindo em acessibilidade em todos os espaços. A ampliação de tomadas nas salas para a carga de baterias é outro exemplo de demanda atendida, assim como a instalação de caixas 24h nos pilotis do Leme, com o intuito de atender a correntistas de bancos que não têm postos na PUC.