Entrevista

Intercâmbio ao alcance de todos

Intercâmbio ao alcance de todos

O programa Ciência Sem Fronteiras do Governo Federal, que promove o intercâmbio acadêmico de estudantes de graduação e pós-graduação na área de ciência e tecnologia, está com editais abertos para vários países. O período de inscrição é de 4 a 8 de julho para convênios com Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hungria e Japão. Os alunos interessados em intercâmbios na Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido e Finlândia têm o prazo de 7 a 19 de julho para se inscrever. A coordenadora da Coordenação Central de Cooperação Internacional da PUC-Rio (CCCI), Rosa Marina de Brito, esclareceu algumas dúvidas sobre o processo ao PUC Urgente. Ela também deu dicas aos interessados em participar do programa.

A banca de seleção para o Ciências Sem Fronteiras será na segunda quinzena de julho. Mesmo ainda sem dia definido, qual é o passo mais importante para o aluno da PUC que deseja participar?

Rosa Marina: É fundamental que os alunos da PUC saibam que eles têm que se inscrever no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mas também, simultaneamente, no site da CCCI. Não adianta fazer em um e não no outro, porque o processo é: o aluno se inscreve na Capes, depois eles enviam a lista de alunos inscritos para as universidades e, aí, elas (as instituições de ensino) selecionam de acordo com seus critérios. No caso da PUC, só os alunos aprovados pela nossa banca de seleção serão homologados ou não no site da Capes.

Quais são critérios de seleção da PUC e da Capes para o programa?

Rosa Marina: Eu acho que é muito importante o aluno que se candidatar saber que ele terá mais chances se ele optar por universidades com que nós temos convênio, e isso ele descobre no site da CCCI. Isso não é um pré- -requisito, mas o critério de seleção privilegia a relação pré-existente entre as universidades. Existem critérios mínimos. O da Capes é o aluno ter feito no mínimo 20% do curso e no máximo 90% dos créditos, e ele também tem que fazer parte de um dos cursos de graduação que participam do programa. A maioria das áreas de ciências sociais e humanas não está contemplada. É preciso que ele seja das ciências exatas, basicamente o Centro Técnico Científico (CTC) inteiro faz parte. O aluno pode verificar a lista completa no site da Capes. Além desses critérios mínimos do governo, os alunos têm que se enquadrar nos critérios da PUC também. Eles não podem ter mais de três reprovações no histórico escolar, têm que ter o mínimo de sete no Coeficiente de Rendimento (CR) e tem que estar entre os 50% melhores do departamento em que estuda. Há também uma outra política interna nossa, que é em relação ao conjunto muito diversificado de alunos na PUC. Damos prioridade aos alunos que tenham alguma bolsa na PUC. Enfim, o aluno que comprovadamente não teria condições de fazer um intercâmbio se não recebesse uma bolsa de estudo.

Existe alguma novidade na seleção deste ano?

Rosa Marina: A Capes divulgou um novo critério. Agora, é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, e ter tido nota igual ou maior que 600. Isso é bastante injusto, porque impede todos os alunos que entraram na PUC através do vestibular, de se inscreverem para o Ciência sem Fronteiras. Então, o TOEFL (Test of English as a Foreign Language) é necessário, e quem não fez ainda, se inscreva porque a Capes vai abrir ainda a oportunidade para os alunos que querem tentar o programa Ciências sem Fronteiras. Os alunos vão ter a oportunidade de fazê-lo em datas especiais, que vão ser ainda anunciadas por eles.

A senhora tem alguma dica para os alunos que estão interessados em se inscrever no programa?

Rosa Marina: A tendência deles (os alunos) é olharem a lista de instituições no ranking mundial e decidirem pelas mais bem posicionadas, mas, se entenderem que estudantes em todo o Brasil estão fazendo a mesma coisa, vão perceber que estão caindo em um conjunto mais difícil de se conseguir uma vaga. O aluno vai ter maiores chances de ser selecionado se escolher como opção as universidade que são menos badaladas. Isso não significa que elas sejam piores.