Entrevista

Metrô chega à PUC-Rio

Metrô chega à PUC-Rio

Regis Fichtner e Sergio Bruni

Iniciadas em 2010, as obras da instalação da Linha 4 do Metrô chegarão em breve à PUC-Rio. O projeto prevê que a estação Gávea seja construída em parte do terreno onde hoje funcionam o estacionamento da Universidade e o Instituto Gênesis. A PUC-Rio, por meio da Vice-Reitoria de Desenvolvimento, está envolvida no projeto, no que diz respeito aos impactos que serão causados na Universidade, especialmente durante o período de construção. Em virtude das obras, parte do estacionamento precisará ficar interditada por dez meses. Durante esse tempo, 280 novas vagas serão oferecidas em um terreno localizado na Rua Marquês de São Vicente, próximo ao campus. O Conselho Estadual de Controle Ambiental (Ceca), já concedeu a licença prévia ambiental para as obras. A previsão do Governo do Estado é que a estação esteja totalmente concluída em dezembro de 2015 e que o trajeto entre a PUC-Rio e o Centro seja realizado em, aproximadamente, 30 minutos.

Além da alteração temporária das vagas de estacionamento, o projeto também prevê a remoção do Instituto Gênesis para outra área, próxima ao local em que o prédio funciona atualmente. Durante reunião realizada na última semana com o Vice-Reitor de Desenvolvimento da PUC-Rio, Sergio Bruni, o Secretário de Estado Chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, destacou a importância da estação para a Universidade e para o bairro da Gávea. Na entrevista, o Secretário adiantou ainda que as obras devem começar em, no máximo, dois meses.

Qual é a importância da estação Gávea dentro do plano de expansão do Metrô?

Regis Fichtner: A estação será importantíssima. A Linha 4 do Metrô é fundamental para a cidade porque ela vai permitir uma ligação com transporte de alto rendimento entre a Barra da Tijuca e a Zona Sul do Rio de Janeiro. Com ela, também iremos conseguir chegar a bairros populosos da Zona Sul, como Ipanema e Leblon, e que hoje ainda não são atendidos pelo Metrô. Além disso, há a própria Gávea, um ponto fundamental pela existência da PUC, que é uma universidade importante, e ainda por toda a população da região. Finalmente, a estação Gávea será o ponto de onde o Metrô poderá prosseguir para o Jardim Botânico, Humaitá, Laranjeiras e Centro.

Uma parte do terreno do atual estacionamento da PUC-Rio será utilizada durante as obras e haverá a necessidade do bloqueio de algumas vagas. Como será feita a compensação dessas vagas no período?

Regis: O projeto prevê que nós iremos desapropriar um terreno próximo à PUC, na rua Marquês de São Vicente. Esse terreno será utilizado como um estacionamento para os alunos e professores da PUC.

Para a construção da estação também será necessária a remoção de uma importante unidade da PUC-Rio, o Instituto Gênesis. Como será feita essa remoção?

Regis: Nós iremos construir outro prédio que abrigará o Instituto, em local que foi definido pela própria Universidade. O prédio construído terá a mesma estrutura do que existe hoje e durante todo o período de obras, a unidade funcionará neste novo local, sem haver descontinuidade das atividades.

O projeto já obteve a licença prévia ambiental para ser executado. Qual é a previsão de início das obras?

Regis: Já conseguimos a licença prévia e agora estamos cumprindo as exigências necessárias para a licença de instalação e as licenças municipais. Em seguida, vamos começar a instalar os canteiros de obra. Queremos que a obra comece o mais rápido possível. Eu espero que em, no máximo, um ou dois meses, ela possa começar.

Também há a previsão de um remanejamento das linhas de ônibus que atualmente têm a PUC-Rio como ponto final de seu trajeto. Como será feita esta modificação?

Regis: Esta alteração está sendo projetada em comum acordo com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a CET-Rio e a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos. Estamos estudando todas as linhas de ônibus que hoje atendem à Universidade. Está prevista uma diminuição do número de linhas que farão ponto final no local, mas todas as alterações serão realizadas sem que o atendimento aos professores, alunos e funcionários da Universidade seja afetado.