Entrevista

Minicursos e show são as novidades da XII Semana de Ciências Sociais

Minicursos e show são as novidades da XII Semana de Ciências Sociais

A XII Semana de Ciências Sociais PUC-Rio, que será no modelo on-line de segunda, 9, a quinta-feira, 12, pela plataforma Zoom, terá duas novidades: a realização de minicursos noturnos com a participação de ex-alunos e uma programação cultural no encerramento com o Slam das Minas e o Quintal com Dando. Organizada pelo corpo discente, a partir de uma comissão com 12 alunos, a Semana será composta por mesas-redondas e Grupos de Trabalho com o objetivo de fomentar o debate entre comunidade acadêmica e sociedade sobre temas atuais que perpassam por questões sociais, raciais, ambientais, de gênero e identidade. Os alunos que participarem do encontro receberão certificados de horas complementares, e todos os pesquisadores poderão publicar os trabalhos no site doity.com.br/12-semana-de-ciencias-sociais-puc-rio. Em entrevista ao PUC Urgente, a Comissão Organizadora conta detalhes sobre o seminário, cujo tema é Como resistir em tempos de fragilização social?.

Comissão Organizadora:

Anderson Souza (Graduando)
Anna Carolina Brandalise (Graduanda)
Bruna Gomes (Graduanda)
Felipe Bellido (Doutorando)
Felipe de Oliveira (Graduando)
Giuliana Petrucci (Graduanda)
Jacqueline Lobo de Mesquita (Doutoranda)
Jonas Araujo (Doutorando)
Lucas Gabriel (Graduando)
Marcella Coelho Andrade (Doutoranda)
Maria Carolina Cardim (Graduanda)
Regivaldo Silva do Nascimento (Doutorando)
Wagner Maia da Costa (Doutorando)

Qual o objetivo da Semana de Ciências Sociais da PUC -Rio?
A Semana de Ciências Sociais visa promover um diálogo entre a comunidade acadêmica e sociedade, com o intuito de debater mudanças atuais, que perpassam por questões sociais, raciais, ambientais, de gênero e identidade. Teremos quatro mesas com grandes nomes e lideranças, pois entendemos que a academia deve interagir de forma direta e constante com a sociedade. Por isso, criamos links de acesso ao encontro desvinculados da inscrição, para evitar que ouvintes de “última hora” ficassem de fora.
 
Qual a importância para o aluno participar dos encontros propostos?
A semana foi planejada como forma de integrar graduação e pós-graduação e promover trocas entre o corpo discente. Além de promover esta relação entre os alunos, tem sido de grande relevância para nós, durante a confecção do evento, perceber como as Ciências Sociais se apropriam de debates e leitura de dados de uma realidade em que a análise e o debate estão cada vez mais fragilizados. Vale dizer que os encontros nas mesas de debate pretendem valorizar as ciências humanas e as discussões essenciais na produção do conhecimento científico. Outro ponto importante são os minicursos ministrados à noite, para esclarecer ao corpo discente de Ciências Sociais sobre as possibilidades de carreira que muitas vezes estão envoltas de dúvidas e inseguranças comuns com o fim da graduação. Além de todos os fins científicos e de sociabilização, traremos o aspecto cultural no encerramento com um viés menos descontraído.
 
Quais as novidades desta edição?
As maiores novidades são o minicurso e o evento cultural. O minicurso contará com a participação de ex-alunos, visando a uma conversa aberta e sincera sobre o que fazer ao se graduar em Ciências Sociais e sobre quais as possibilidades existentes e quais caminhos percorrer. Já o evento cultural de encerramento, que ocorrerá na quinta-feira, 12, terá a apresentação do Slam das Minas e do Quintal com Dando. Além disso, os debates vão girar em torno de questões que se impõem no cenário atual, o que por si só é uma novidade para todos.
 
A programação é exclusiva para alunos de graduação em ciências sociais ou pode ser interessante para alunos de outros departamentos?
A programação é aberta para todos os alunos e professores acadêmicos de humanidades, já que as ciências sociais se comunicam de forma interdisciplinar com outras áreas, e é aberta também aos interessados em fazer parte de debates de interesse público e de cunho cidadão. Também esperamos contar com a participação da sociedade de forma geral.
 
Quais os aspectos positivos que a realização virtual trouxe para esta edição?
A modalidade virtual traz um possível aumento de participação de ouvintes que dificilmente teriam facilidade de deslocamento.  Acreditamos que isso facilitou o convite de palestrantes de outras regiões também, e nos permitiu aumentar a diversidade de convidados.

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PROGRAMAÇÃO
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Segunda-feira, 9:

  • 15h. Palestra. Tema: Trabalho e tecnologia – relações e novas dinâmicas escancaradas em tempos de pandemia. Palestrantes: Ana Carolina da Hora (criadora do Computação da Hora) e professora Felícia Picanço (UFRJ). Acesse. 1
  • 9h. Minicurso. Tema: Caminhos a seguir depois de formado. Palestrantes: André Sobrinho (servidor público na Fiocruz), Gabriel Ferreira (secretário parlamentar) e Vinícius Ferreira (escritor). Acesse.

Terça-feira, 10:

  • 15h. Palestra. Tema: Crise hídrica no Rio de Janeiro, um problema longe de terminar – debates sobre a ausência de planejamento urbano, a falta de saneamento básico e a má-governança. Palestrantes: Caroline Rodrigues (assistente social), professor João Roberto Pinto (PUC-Rio) e Leandro Urso (agente comunitário). Acesse.
  • 19h. Minicurso. Tema: Caminhos a seguir depois de formado. Palestrantes: Lais Gallier (analista de captação de recursos), Nathanael Araujo (editor) e Taísa Amendola (doutora em Ciências Sociais). Acesse.

Quarta-feira, 11:

  • 15h. Palestra. Tema: A vida dos transexuais no Brasil – uma luta sem fim por identidade, segurança, direitos e reconhecimento. Palestrantes: Angélica Baptista (pesquisadora da Fiocruz), professora Danieli Balbi (UFRJ) e professor Raphael Bispo (UFJF). Acesse.
  • 19h. Minicurso. Tema: Caminhos a seguir depois de formado. Palestrantes: Laura Rossi (doutoranda na PUC-Rio), Thamires Lima (UX researcher) e Wagner Maia (doutorando na PUC-Rio). Acesse.

Quinta-feira, 12:

  • 15h. Palestra. Tema: A pandemia nas favelas – o protagonismo das lideranças comunitárias diante das ausências do Estado. Palestrantes: Gizele Martins (jornalista), professor Igor Oliveira e Rayanne Dias (membro do coletivo Rocinha Resiste). Acesse.
  • 19h. Encerramento com Slam das minas. Acesse.