Entrevista

Novos modos de ensino para a área da saúde

Novos modos de ensino para a área da saúde

Professor Jorge Biolchini. Foto: Matheus Aguiar

A terceira edição do Simpósio de Aprendizagem Ativa para Excelência Profissional ocorre na quinta-feira, 7, na Casa de Medicina, das 8h30 às 18h. Coordenado pelo médico Jorge Biolchini, do Departamento de Medicina, o encontro será composto por mesas redondas que abordarão os novos modos de ensino ativo e como mudam as relações de aprendizagem. Professor do curso Formação Docente em Medicina e Ciências da Saúde: Novas Metodologias Jorge Biolchini dá detalhes da programação.

Qual é o objetivo do simpósio?

Jorge Biolchini: O encontro científico divulga o campo de aprendizagem ativa, sendo ele os novos métodos de ensino. Não é um modelo em que o aluno aprende e demonstra em uma prova depois, porque isso não garante que ele, de fato, aprendeu. Por causa disso, alguns modelos foram desenvolvidos para mostrar que o aluno aprende mais quando não é passivo. Quando ele tem interesse no assunto, ele desperta interesse, começa a se engajar e desperta o próprio conhecimento. A partir dessa capacidade, começa a colocar essas aprendizagens em prática. O estudante tem que ser cada vez mais flexível, porque a vida está menos determinada, e a formação acadêmica tem que preparar para esse novo modo de se viver. Por isso, nós temos um curso na área de saúde com a preocupação de ensinar essas competências. Não é fácil encontrar docentes com essas capacidades, e o curso é voltado para esse aspecto.

Quem são os convidados?

Biolchini: Os convidados são os alunos do curso de formação. Neste simpósio, o vice-reitor da PUC do Paraná, professor Vidal Martins, fará uma conferência sobre a experiência de reformulação de ensino na universidade paranaense, que agora é voltada para um aspecto humanístico em todos os cursos. A abertura terá a presença do vice-reitor da PUC-Rio, padre Francisco Ivern Simó, S.J.

Quais assuntos serão abordados?

Biolchini: Nesta edição, teremos uma mesa-redonda sobre os panoramas do ensino ativo no Brasil e quais são as mudanças que ele traz. Depois, haverá a conferência com o vice-reitor da PUC do Paraná. Em seguida, haverá outra mesa redonda com o tema centrado em tecnologia para o apoio de ensino e aprendizagem. Na parte da tarde, ocorrerá um debate sobre os desafios da nova forma de aprendizagem. Por fim, será organizado um fórum de discussão sobre os projetos que foram montados durante a formação do curso, no qual os alunos poderão trocar experiências. Como estamos na época do Natal, o encerramento terá música.

A quem o simpósio é destinado?

Biolchini: Em princípio, o simpósio é para profissionais da área de saúde, até porque o foco é no desenvolvimento da docência para a saúde. Mas está aberto para outras áreas, já que as competências podem ser usadas em diferentes ciências. Inclusive, um terço dos estudantes é de fora do curso. Portanto, está aberto para pessoas de diferentes setores dentro e fora da Universidade.

Como o simpósio pode ajudar na formação humanista de um professor?

Biolchini: O simpósio pode auxiliar ao mostrar diferentes experiências profissionais e como o aspecto humanístico, fortemente presente nelas, pode estimular a pessoa a ter ideias e vontade de aplicar este estilo no próprio campo profissional.

Qual é o diferencial deste simpósio?

Biolchini: A diversidade dos temas, a duração da reunião, a integração entre turmas do curso de formação e a vinda do vice-reitor da PUC Paraná são os diferenciais desta terceira edição do simpósio.