Entrevista

O mercado de trabalho na Semana de Engenharia

O mercado de trabalho na Semana de Engenharia

Isabel Bastos e Paula Salabert. Foto: Fernanda Maia

Ocorre desta segunda, 21, a sexta-feira, 25, a terceira edição da Semana de Engenharia PUC-Rio (SIEng PUC-Rio). Na programação, haverá palestras, minicursos, workshops e visitas técnicas. Estudantes de outras universidades podem participar. A Semana tem como objetivo dar aos alunos uma experiência de como funciona o mercado de trabalho, a partir da presença de engenheiros e CEOs de empresas. A maioria das palestras e workshops é gratuita, mas, em algumas atividades, os preços variam entre R$ 10 e R$ 45. As estudantes de Engenharia de Produção Paula Salabert e Isabel Bastos contam como será esta edição de 2017. Veja a programação completa em www.sieng.ctc.puc-rio.br.

Qual é a proposta da SIEng e como ela surgiu?

Paula Salabert: A Semana surgiu da união dos diretórios acadêmicos de todas as Engenharias da Universidade e instituições. O Diretório Acadêmico Adhemar Fonseca (DAAF) organizava a Semana do Engenheiro. O Society of Petroleum Engineers (SPE) promovia o PetroPuc, e o Diretório Acadêmico de Química e das Engenharias Química e de Materiais e Nanotecnologia (DAQEQ) realizava a Semana de Engenharia Química. A SIEng, além de unificar esses eventos, tem a ideia de integrar o aluno com o mercado, empresas renomadas e tópicos que, nos outros encontros, ele não ouvia falar.

Isabel Bastos: Existia também a Feira de Introdução à Engenharia, que, no fim dos períodos, reunia em uma exposição dos projetos de cada habilitação. Essa feira sempre ocorria com a maioria dos alunos já de férias. A ideia da SIEng foi exatamente unir os eventos, que já eram grandes e importantes, e fazer algo maior.

Como é para vocês, alunas, organizar a SIEng?

Paula: Acho que é um caso de amor. Em meio às discussões e à pressão do encontro, entendemos a SIEng como um propósito. Está no nosso coração e faz parte de nós. No final, tudo compensa.

Isabel: Estou na organização da SIEng desde a primeira edição, e a Paula desde a segunda. A Semana vai além das atividades, de ter algo para colocar no currículo. Temos muito prazer em vê-la acontecer. Estamos há quase um ano preparando a edição de 2017. É um processo demorado, que demanda muito do nosso tempo, feito em meio às aulas.

Qual a importância de os alunos terem contato com as grandes empresas e engenheiros?

Isabel: Qualquer contato que o aluno possa ter com o mercado é muito importante, principalmente dentro da Universidade. Temos alguns palestrantes que são presidentes, vice-presidentes, CEOs de empresas. Para o estudante, mostra que é possível chegar naquele patamar.

Paula: Temos a preocupação de sempre trazer alguém com cargo importante. A maioria deles já foi aluno de engenharia da PUC, sabem como é ser universitário. É um encontro perfeito, uma grande motivação.

Quais as áreas abordadas na SIEng deste ano?

Isabel: Tentamos englobar todas as engenharias. Não podemos ver a Engenharia de Computação igual à Civil. O público e o tipo de atividade são diferentes. Como uma forma de entendermos melhor a demanda de temas, tentamos trazer para a organização, por meio de um processo seletivo, um aluno de cada Engenharia. Buscamos com eles abordagens de assuntos comuns no meio acadêmico de modo aprofundado.

Paula: Procuramos expor novos temas que o mercado está utilizando e não são vistos dentro de sala, como blockchain e Internet das Coisas. Esses assuntos são para que o aluno esteja familiarizado quando chegar ao universo profissional.

Os temas abordados na SIEng alcançam tanto calouros quanto veteranos?

Isabel: Algumas atividades são direcionadas para veteranos, que saíram do ciclo básico e estão no profissional. Mas, em nenhum momento, o calouro é excluído. Existem mesas e workshops voltados para postura e posicionamento profissional, que interessam aos calouros. Os conteúdos são apresentados também para que eles se encantem e direcionem o estudo.

Paula: Ao trazermos profissionais que contam sobre dia a dia, o calouro em dúvida terá certeza de como será o trabalho. Em alguns casos, por exemplo, o estudante é de uma engenharia e, ao assistir a palestra de outra habilitação, muda de curso.

A edição de 2016 da SIEng foi divulgada em mídias externas, sites especializados e teve a participação de 1.840 alunos. Qual a projeção de vocês para a edição de 2017?

Paula: Este ano, esperamos mais de 2 mil alunos. Não teremos somente palestras, mas métodos para se especializar em alguma área. A grande meta para 2017 é que todos os alunos de engenharia saibam o que é a SIEng.

Isabel: Esperamos que venham mais pessoas. Na primeira edição, a SIEng ainda era um conceito novo para os alunos. Ano passado, eles já conheciam a Semana. Neste ano, as pessoas se mostraram engajadas, pelo que tivemos de procura pelas atividades e, até mesmo, para participar da organização.