Entrevista

Pesquisa incentiva estudos sobre Pan-Amazônia

Pesquisa incentiva estudos sobre Pan-Amazônia

A partir desta segunda-feira, 2, professores poderão acessar e responder ao questionário on-line do Projeto Pan-amazônico. A PUC-Rio é a primeira universidade da Associação de Universidades Jesuítas da América Latina (AUSJAL) a realizar a pesquisa. O diretor do Núcleo Interdisciplinar do Meio Ambiente (NIMA), professor Luiz Felipe Guanaes, e o Vice-Reitor de Desenvolvimento, professor Sergio Bruni, ressaltam a importância da participação no mapeamento e esperam que a pesquisa estimule novos estudos da área pan-amazônica. Dúvidas sobre o questionário podem ser enviadas para o e-mail mapeamentoausjal@ puc-rio.br.

 Como surgiu a ideia do questionário?

Sergio Bruni: Recebemos um pleito para coordenar, em um primeiro momento, um projeto que tem o objetivo de mapear o que está sendo feito pelas instituições jesuítas na pan-amazônia. Tivemos algumas reuniões para discutir esse projeto, e o item primeiro é o desenvolvimento de uma pesquisa abrangente nessas instituições. Na PUC, o NIMA está desenvolvendo o trabalho e fazendo essa testagem. Luiz Felipe Guanaes: Em função de um pretérito de pesquisa nessa área de mapeamento que nós temos, ficamos responsáveis pela coordenação do projeto. A PUC é a primeira universidade a ser mapeada no projeto.

 Qual o objetivo da pesquisa?

 Guanaes: O objetivo principal do mapeamento é ajudar as universidades jesuítas da AUSJAL na articulação com um projeto maior que é o projeto pan-amazônico. A ideia é que seja um banco de dados vivos, que só aumente com o tempo. Esperamos que a visualização dessas ações em conjunto incentive mais pesquisas.

Como será o processo do mapeamento?

 Guanaes: Os professores da PUC vão receber um e-mail com um link direcionando para o cadastro. Os que desenvolverem projetos relacionados à pan-amazônia vão acessar o site. Primeiro há a composição de um banco de dados a partir do questionário on-line. A partir do cadastro, você começa a preencher a incidência de ações. Com o banco de dados, gera- -se um módulo de visualização em mapa. Esse ainda é um projeto inicial, a PUC é um grande laboratório de estudo.

Que dados devem ser preenchidos?

Guanaes: Basicamente, tem que conter o nome do projeto, da orientação ou do capítulo do livro/arquivo, autor, um pequeno resumo e palavras-chave. A partir dessas informações básicas, o sistema acha o que for necessário. O diferencial é que, além desse cadastramento tradicional, o objetivo é criar uma relação espacial do seu trabalho para gerar um mapa. Há uma aba em que se deve dizer onde foi a área de estudo e a abrangência do projeto. Por exemplo, posso ter tido um projeto que foi feito no município, mas ele tem como abrangência a pan-amazônia inteira.

 Qual a importância dos professores na pesquisa?

Guanaes: A grande meta é que esse mapeamento facilite o surgimento de novas pesquisas. Ele faz com que o professor possa identificar trabalhos similares. Assim, formam-se redes, e, de alguma forma, aumenta-se a incidência das nossas ações em cima da região pan-amazônica.

Até quando o questionário estará disponível?

Guanaes: Os professores podem preencher o quanto antes possível. Não há data limite. A partir do momento em que o professor preenche pela primeira vez, no desenrolar das pesquisas dele pode surgir outro projeto sobre Amazônia ou outro aluno.

Qual o segundo passo?

Guanaes: O importante é que tenhamos uma massa crítica de dados para dar o segundo passo, que são os módulos de visualização e busca. Depois de dois meses de testagem na PUC, vamos abrir para mais duas universidades jesuítas. Possivelmente em agosto ou setembro vamos enviar o questionário para as 31 universidades.