Entrevista

Prioridade para maior envolvimento

Prioridade para maior envolvimento

Em cerimônia realizada no dia 27 de fevereiro, o professor Eduardo de Albuquerque Brocchi tomou posse como o novo diretor do Departamento de Engenharia de Materiais. Brocchi é mestre em Engenharia de Materiais e de Processos Químicos e Metalúrgicos pela PUC, e doutor em Metalurgia Extrativa pelo Imperial College London. O professor explica como pretende tornar o Departamento mais presente na Universidade, principalmente em conjunto com outros cursos de graduação. Brocchi também conta quais são as prioridades e novidades que pretende trazer para a área.

Quais são os principais desafios ao assumir o Departamento de Engenharia de Materiais?
Eduardo de Albuquerque Brocchi:
 O Departamento tem uma característica muito interessante, pois tem uma pós-graduação forte, com um grupo de alunos grande, mas não tem graduação. O primeiro e mais importante desafio é, de alguma forma, estar mais envolvido com alguns cursos específicos de graduação. Temos um potencial de professores não otimizado, ou seja, não aproveitado na plenitude. Estamos aquém do que podemos oferecer. Essa participação mais efetiva é um desafio. Há cursos no Centro Técnico Científico (CTC) nos quais poderíamos ter mais participação. O desafio é ter mais presença em alguns cursos de graduação para que nosso grupo de professores possa trabalhar e contribuir. Por exemplo, podemos colaborar mais efetivamente com Engenharia Química e Nanotecnologia.

Que avaliação o senhor faz do Departamento?
Brocchi:
 O Departamento tem um potencial enorme e que está se materializando em áreas relevantes de graduação. Somos 14 professores, e a maior parte é bolsista de produtividade, então é um grupo docente qualificado. Temos um conjunto de projetos que nos dá certa sustentabilidade em termos de pesquisa. A avaliação que faço é de boa para muito boa. É um Departamento muito bom e que pode ficar ótimo em um curto período de tempo. Algumas coisas precisam ser ajustadas, mas com certeza teremos um reconhecimento geral.

Como o senhor recebeu a proposta para assumir o cargo de diretor do Departamento?
Brocchi:
 Um grupo de professores achou que estava na hora de mudarmos, que seria saudável uma mudança. A grande maioria dos departamentos muda com frequência. Aceitei por estar motivado, pois há muitos desafios. Concordei com a indicação. É uma oportunidade boa. Como tenho certa experiência, estou com foco. Vou assumir com metas muito bem definidas.

Quais outras novidades o senhor pretende trazer para o Departamento?
Brocchi:
 O sistema de avaliação do programa de pós-graduação deve ser feito de maneira mais cuidadosa em relação ao que foi feito nos últimos anos, pois nos trouxe um certo prejuízo. Passamos do nível 6 para o 5. Não vai ser fácil resgatar o nível 6, mas esta é uma meta. Outra proposta é tentar normalizar as avaliações feitas pelos professores e estar sempre atento com o seu desempenho didático. É preciso ter uma avaliação homogênea com os alunos. Temos algumas críticas em relação a isso. O professor, ao entrar na sala de aula, tem uma disciplina sob sua responsabilidade. Ali, tem que dar o máximo para cumprir bem o papel. Outra meta é incrementar o número de candidatos à pós, pois a busca na qualidade é imprescindível. Ter mais candidatos é importante para que possamos fazer uma seleção boa. Outra ideia é ampliar nossa participação com os cursos de extensão. Podemos explorar outros nichos. Só temos um curso de extensão e, aos poucos, vamos pensar em ampliar esse número. Outra questão é a organização interna, ou seja, ter os funcionários e alunos satisfeitos. Queremos as pessoas de bem com o ambiente; com a estrutura do nosso espaço. Precisaremos dar uma reformada. É uma das prioridades.