Entrevista

Promover a cultura da paz

Promover a cultura da paz

Entre terça, 1°, e quinta-feira, 3, será realizado, no Salão da Pastoral Universitária, o VI Simpósio Internacional de Teologia com o tema Promoção da Cultura da Paz num Mundo em Conflito. O encontro terá a participação do Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson. O simpósio tem como um dos objetivos concretizar a parceria da PUC-RIO com a Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (PUG-Roma) e a Universidade Católica Portuguesa (UCP). O diretor do Departamento de Teologia, padre Leonardo Agostini, explica a escolha do tema e a proposta do encontro. Informações sobre a programação completa estão disponíveis no site www.simposiopucrio.teo.br/

Qual o objetivo do VI Simpósio Internacional de Teologia?

Leonardo Agostini: O Simpósio faz parte do programa da pós-graduação em Teologia. É um momento para aprofundarmos temas que são importantes não só para a teologia, mas temas transversais que dizem respeito à sociedade. É interdisciplinar e multidisciplinar, pois não é um tema exclusivo da teologia. Vamos contar com a parceria de outros sete departamentos na realização desse simpósio, entre eles, Ciências Sociais, Comunicação, Direito, Educação, História, Filosofia e Relações Internacionais. Esse encontro é também para concretizar o nosso convênio com a Universidade Católica Portuguesa e renovar o nosso convênio com a Pontifícia Gregoriana de Roma, na esperança de intensificar os trabalhos em conjunto.

Como foi a escolha do tema?

Leonardo Agostini: Temos procurado realizar a abertura do Ano Acadêmico de Teologia tratando de um tema específico. Conversando com o padre Josafá, Reitor da Universidade, ele sugeriu que fosse abordado o tema Cultura da Paz num Mundo em Conflito. Achei um tema atual, que não diz respeito somente à teologia, e que também indaga a teologia sobre qual a contribuição que podemos dar na promoção da cultura da paz. Por que em um mundo em conflito? Porque é um tempo em que o mundo está descortinado diante dos nossos olhos. Nos últimos anos, temos assistido o acelerado aumento da violência nos vários extratos da sociedade. E o papel da Universidade é promover a verdade, mostrando nossa identidade e nossa missão. Esperamos, com esse tema, também produzir frutos na nossa cidade.

Quais questões serão abordadas?

Leonardo Agostini: O momento da manhã será dedicado às conferências. No primeiro dia, o Cardeal Peter Kodwo abrirá o debate sobre o tema. Já no segundo dia, teremos a abordagem bíblica do tema, a partir da passagem João 14:27, com a professora Luísa Maria, da Universidade Católica Portuguesa. Para encerrar, no terceiro dia, teremos a perspectiva e a abordagem filosófico-teológica com o professor João J. Villa-Chã, S.J., da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, que vai falar da Transfiguração da Violência e a Cultura de Paz. Na parte da tarde, teremos as sessões temáticas, com 85 comunicações livres, divididas entre os sete departamentos, todas acontecendo simultaneamente ao longo dos três dias. Ao fim da tarde, haverá uma mesa interdisciplinar que, a cada dia, será coordenada por departamentos diferentes.

Como surgiu o convite ao Presidente Pontifício do Conselho Justiça e Paz?

Leonardo Agostini: Percebemos que seria muito importante convidar uma autoridade pontifícia que lida com o tema continuamente, e o nome sugerido foi o do Cardeal Peter Turkson, evidenciando o papel mediador da Igreja Católica em situações de conflito, como por exemplo, na aproximação dos EUA e Cuba. Assim, a Igreja marca presença em diversos contextos, exatamente para levar o restabelecimento da paz entre grupos sociais, países e povos. Faz parte da missão da Igreja promover a paz.