Entrevista

PUC-Rio abre espaço para a mobilização da juventude mundial

PUC-Rio abre espaço para a mobilização da juventude mundial

Criada em 1985 pelo Papa João Paulo II, a Jornada Mundial da Juventude será realizada, em julho de 2013, no Rio de Janeiro. A PUC-Rio foi convidada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, grão-chanceler da PUC-Rio, a participar da realização deste encontro internacional. Com o lema Ide e fazei discípulos entre todas as nações, a 13ª edição da jornada tem como objetivo mobilizar a juventude para a construção de uma sociedade mais justa, como contou ao PUC Urgente o padre Alfredo Sampaio, representante da Universidade junto à Arquidiocese do Rio de Janeiro para acompanhar e participar dos trabalhos preparatórios para a Jornada Mundial da Juventude.



De que forma a PUC pode contribuir para a Jornada Mundial da Juventude?

Padre Alfredo Sampaio – Eu acho que a principal contribuição da PUC é no sentido de propagar os valores da Universidade e que também vão estar presentes na jornada: a questão da integração dos jovens, do aceitar o diferente, as diversas culturas. Tudo o que representa os grandes valores trabalhados na PUC é o que nós vamos trabalhar na jornada. O pedido que foi feito por parte da Diocese em relação à Universidade é na questão de como os universitários vão se integrar nesse grande movimento da juventude. Estamos nos reunindo para montar uma comissão universitária para ver como será essa participação, mas, mais do que isso, nos interessa o processo de começar a conscientizar o jovem estudante de uma universidade católica sobre a importância de participar desses eventos.

Qual é o atual foco dos trabalhos?

Padre Alfredo – Existe uma pré-jornada, que está sendo trabalhada agora. Esse momento anterior é uma experiência de voluntariado em missão, para que o jovem comece a tomar consciência da sua importância, de como ele pode contribuir para que o mundo seja melhor. Outro trabalho é também no sentido de como se preparar para acolher todas essas pessoas que virão do mundo inteiro. São esses os trabalhos que estão em andamento: como preparar, como movimentar as pessoas e fazer com que elas tenham esse interesse de prestar um serviço voluntário, e também refletir sobre o que significa essa missão, como jovens hoje no mundo.

Qual é a área de atuação dos voluntários da PUC?

Padre Alfredo – Durante o período da jornada, serão milhões de jovens distribuídos em diversos lugares para momentos celebrativos, de informação e de trabalho pastoral, de visitar instituições e coisas assim. Bispos de várias línguas virão à Universidade e os jovens estarão aqui em uma parte do dia, recebendo essa catequese. Portanto, o estudante pode ser voluntário na jornada como tal e pode ser voluntário para uma coisa local. Estamos também começando a ver a possibilidade de a PUC propor algumas coisas ligadas à agenda cultural da jornada, em parceria com alguns departamentos.

Que visão a jornada espera construir?

Padre Alfredo – Eu acho que é importante ver a questão da jornada não como um evento pontual e nem como apenas a vinda do papa. Mais do que o encontro com o papa, é uma oportunidade de o jovem sentir que está participando de um evento em nível mundial. Essa foi a grande riqueza das jornadas em Madri e em Roma. Essa movimentação chama a atenção. É um evento com jovens do mundo inteiro. Acho que esse intercâmbio de informações, de cultura, é a coisa principal. Nossa intenção é conseguir movimentar a Universidade, independentemente da fé católica. A jornada não é só uma coisa para os católicos, ou para os que admiram o papa. O que a gente quer é trabalhar a força da juventude na construção de um mundo melhor, de uma sociedade mais justa.