Entrevista

Respostas sobre a mudança de plano

Respostas sobre a mudança de plano

A PUC-Rio está mudando o plano de saúde da Unimed para a SulAmérica, e o novo contrato entra em vigor a partir do dia 16 de maio. O Vice-Reitor Administrativo, Luiz Carlos Scavarda, e o Vice-Reitor Comunitário, Augusto Sampaio, falaram ao PUC URGENTE sobre os motivos da alteração e esclareceram algumas das principais dúvidas que têm surgido na comunidade PUC.

O que motivou a PUC a realizar a mudança do plano de saúde?

Luiz Carlos Scavarda:É uma questão de qualidade. A Unimed não tem atendido às nossas necessidades de saúde e nós não tínhamos certeza de que ela viria a melhorar o serviço. Além disso, a Unimed tem muita dificuldade em gerenciar dados, então, a interação que envolve o uso de informação ficou muito difícil. E isso tem custos, tem dificuldades, a comunicação começou a ficar complicada. Por um lado, a parte de serviço ao cliente estava nitidamente perdendo a qualidade, sem perspectiva de melhora. Por outro, havia essa dificuldade de interação. Nós buscamos outras empresas e estamos indo para a SulAmérica, que tem sido colocada no mercado como uma empresa que oferece um serviço melhor. As condições financeiras são muito melhores e ela é uma seguradora, ao contrário da Unimed, que era uma operadora.

Augusto Sampaio: A PUC estava tendo problemas sérios com a Unimed, que não estava dando o respaldo que a gente precisava. Havia muita reclamação e, além disso, muitas limitações.

Quais são as providências que a Vice-Reitoria Administrativa planeja tomar para explicar essa mudança à comunidade?

Scavarda: Nós vamos ter vários seminários, diversas apresentações da SulAmérica ao longo do mês de abril. Serão muitas palestras, mais ou menos parecidas, ou seja, quem perder uma, pode assistir a outra. O objetivo é que todas as informações sejam completamente esclarecidas.

Nem todos os funcionários e professores moram nos bairros do município do Rio de Janeiro mais favorecidos com profissionais e clínicas credenciados pela SulAmérica. Em alguns municípios do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a oferta de algumas especialidades credenciadas pela SulAmérica é reduzida. Como a PUC vai intervir nesta situação?

Scavarda: A cobertura da SulAmérica no território nacional é muito maior e mais sólida que a da Unimed. Os casos que puderem ser resolvidos sistemicamente, serão resolvidos pelo sistema. Problemas particulares serão resolvidos caso a caso. Todas as coisas que foram planejadas antes, como, por exemplo, cirurgias, serão respeitadas. Algumas pessoas ficaram preocupadas com a questão do home care, mas todos serão cobertos. Todos os serviços que eram oferecidos antes serão oferecidos pela SulAmérica.

Augusto: A gente vai montar uma série de soluções para viabilizar a resolução de problemas que não foram equacionados na mudança.

Como a Vice-Reitoria Administrativa pretende acalmar as inquietações da comunidade PUC?

Scavarda: A gente vai fazer uma cartilha, em que vamos resumir um documento maior. Depois, as pessoas vão receber o livro e uma senha para a internet. As coisas serão feitas em fases.

Uma das maiores críticas que têm sido feitas a este processo entre os membros da comunidade PUC é que os funcionários e professores, como co-participantes no pagamento do plano de saúde, não foram consultados sobre a mudança antes da decisão final. Como o senhor vê isso?

Scavarda: A PUC paga uma parte relevante, mais da metade do plano, e negociações como esta devem ser feitas de forma sigilosa. Se a Unimed tomasse conhecimento de que nós estávamos buscando outro plano, poderia, inclusive, impedir que outras empresas nos fizessem ofertas.

Augusto: A relação da Direção da Universidade com seus funcionários tem sido, a meu ver, sempre de respeito e preocupação com o bem-estar de todos. Ao não se discutir previamente com a comunidade, a intenção não foi exclui-la, mas agilizar o processo.

Funcionários que são associados à Unimed e que não desejarem mudar para a SulAmérica poderão optar pelo plano de saúde Amil, que já está presente no campus?

Scavarda: Sim. Nós não quisemos ficar com uma empresa só, justamente para proteger os funcionários, porque lá na frente pode acontecer alguma coisa, e aí as pessoas terão duas empresas.