Entrevista

Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente

Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente

Roosevelt Fideles e Cássia Mota. Foto: Matheus Aguiar

Entre terça, 19, e sexta-feira, 22, será realizada a 25ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). O tema deste ano vai ser Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente. As palestras vão se dividir em subtemas que abordarão questões como o bem-estar dos funcionários no campus e a segurança do trabalhador no exercício da profissão. Roosevelt Fideles de Souza, gerente de Projetos Ambientais do NIMA e presidente da CIPA, e Cássia Mota, secretária da CIPA, comentam sobre as inovações da SIPAT deste ano. As palestras serão no Anfiteatro Junito Brandão, e na abertura haverá uma peça montada pelos alunos de Artes Cênicas.

O que é a CIPA e a SIPAT?

Roosevelt Fideles: A SIPAT é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Isso é uma obrigação. Toda empresa tem que ter uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, por questões legais, e a SIPAT também. No caso da PUC, as eleições são anuais, em outubro. Estamos no fim desta gestão. A SIPAT sintetiza a gestão atual da CIPA e o que vem acontecendo na Universidade naquele determinado período. A CIPA, fundamentalmente, se preocupa em prover um ambiente de trabalho saudável para os funcionários, minimizando os riscos de acidentes. A temática da prevenção de acidentes de trabalho, no campus da PUC-Rio, é o foco da CIPA, e todas as nossas iniciativas são direcionadas à comunidade PUC-Rio.

Fora da SIPAT, qual é a atuação da CIPA no campus?

Fideles: É uma comissão que envolve 15 funcionários, nove eleitos, e o restante indicados. Após a posse, em novembro, reuniões mensais são organizadas e, nelas, estipulamos as metas de trabalho a partir da demanda. São reunidas falhas estruturais da Universidade e, depois dessa seleção, a queixa é enviada para o setor responsável para resolver a questão. Por exemplo, as vagas para deficientes estavam muito curtas e faltava espaço para o desembarque da pessoa. Fizemos a apuração, entregamos ao responsável, e o problema foi resolvido. Os membros da CIPA, antes de se juntarem à comissão, passam por um processo de qualificação e treinamento para, justamente, identificar problemas dessa natureza. Estamos em uma Universidade com um contingente de 10 mil a 20 mil pessoas. Problemas vão surgir.

Por que a SIPAT adotou o meio ambiente como pauta desde o início da nova gestão?

Fideles: Estamos seguindo as diretrizes do Papa Francisco. Desde a publicação da Encíclica do Papa, Laudato Si’, nos chamando atenção para a questão ambiental, a Reitoria voltou as iniciativas para o assunto. A partir disto, foi uma exigência da Universidade a participação de uma pessoa da área ambiental na CIPA. Como resultado, a PUC-Rio é a primeira da academia a ter uma agenda socioambiental.

Quais as inovações para SIPAT deste ano?

Cássia Mota: Todas as SIPATs promovidas até hoje englobaram a saúde, segurança e meio ambiente; são assuntos indissociáveis. Por exemplo,a CIPA está intimamente ligada à saúde do trabalhador, pois está dentro da Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e nossas ações são conjuntas com o órgão. A segurança é o foco da comissão, e o meio ambiente sempre esteve em pauta, mas agora é fundamental. Nosso esforço, este ano, é em aproximar mais pessoas da SIPAT, inclusive os alunos. Na abertura, a CIPA, em parceria com a professora Ana Kfouri, coordenadora do Departamento de Artes Cênicas, vai apresentar uma peça idealizada pelos alunos. Outra novidade é o local das palestras. Elas vão ser realizadas no Anfiteatro Junito Brandão, um ambiente mais informal e preferido alunos.