Entrevista

Um Panorama para a Cultura Afro

Um Panorama para a Cultura Afro

Isabela Augusto, Adames Belo (Bongo) e Luiza Helena Nunes Ermel

Com objetivo de reunir e apresentar ao público acadêmico as diferentes frentes de resistência social e cultural afrodescendente e indígena, a 6ª edição do Panorama Afro será realizada nos dias 11 e 12 de setembro, das 9h às 19h. Durante os dois dias, haverá exposição de fotos e a Expo Panorama Afro, nos pilotis da Ala Kennedy, a entrega do Prêmio Colher de Pau e palestras intercaladas com a exibição de documentários, na Sala 102-K. O evento é uma iniciativa da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Converdgencia, em parceria com o Instituto Brasileiro de Cidadania Plena, ONG criada por alunos da PUC, e o Departamento de Serviço Social. Os integrantes da Converdgencia Isabela de Azevedo Vargas Augusto e Adames Figueiredo Belo (Bongo) e a professora Luiza Helena Nunes Ermel, do Departamento, explicam como será o Panorama Afro.

Qual será o tema desta edição?

Isabela Augusto: O tema central será Independência, porque durante o mês de setembro se celebra a independência de vários países da África e também do Brasil. Ao mesmo tempo, existem diversos temas que emergem desse principal, como a questão da pertença, a questão de identidade, de memória e tradição.

Quais atividades serão oferecidas?

Isabela Augusto: Nós convidamos acadêmicos, ex-alunos e alunos da PUC, entusiastas da cultura negra e militantes do movimento de culturas indígenas para ministrarem as palestras. Elas serão divididas em duas mesas por dia, com exibição de curtas relacionados ao tema nos intervalos. Durante o evento, também haverá uma exposição de fotos de quilombos, painéis e uma exposição em homenagem a uma senhora que era quilombola. Outra atividade é o Prêmio Colher de Pau, que homenageia personalidades que tiveram importância e contribuíram para a causa dos afrodescendentes e indígenas.

Durante o evento há uma exposição. O que é a Expo Panorama Afro?

Adames Belo: É uma das principais atividades do Panorama Afro. É onde os artesãos trocam ideias, informações e saberes.  Nós fizemos uma curadoria para encontrar pessoas que de fato trabalhassem com a temática africana e/ou indígena. Nós conseguimos colocar artistas de expressão dentro da feira e, inclusive, alguns que nunca conseguiram expor os trabalhos. Serão 50 expositores de produtos afro-ameríndios e sustentáveis.

Qual é a importância do Panorama para o Departamento de Serviço Social?

Luiza Helena Ermel: O Departamento de Serviço Social sempre foi um entusiasta da cultura negra e da área ambiental. Nós trabalhamos com as duas vertentes, tanto nos estágios quanto nas linhas de pesquisa. Por isso, nós acolhemos e reconhecemos o trabalho da Converdgencia no Panorama Afro.