Entrevista

Vagas abertas para programas de iniciação científica

Vagas abertas para programas de iniciação científica

O que são o PIBIC e o PIBITI?

Sidnei Paciornik: São programas de iniciação científica financiados pelo CNPq. A PUC-Rio tem uma cota de bolsas que é renovada todo ano, e os professores entram com pedido, seja para renovação, seja para projetos novos. Até 1 de maio, os professores podem submeter os pedidos, que envolvem um projeto e o nome de um aluno candidato. Os projetos serão avaliados ao longo do mês de junho por um comitê interno da PUC e um comitê externo formado por professores de outras instituições.

Qual a importância dos programas?

Sidnei: Para quem pretende cursar pós-graduação, o PIBIC é muito importante, porque o aluno terá uma experiência de participar de um projeto de pesquisa, com cronograma, tarefa experimental e tarefa teórica. É uma oportunidade única de o aluno fazer um estudo do interesse dele e ainda ganhar algum dinheiro por isso. Do ponto de vista da iniciação tecnológica, a ideia é aumentar o contato entre as empresas e o instituto tecnológico. Por exemplo, a PUC tem uma incubadora de empresas, o Instituto Gênesis, que permite que os alunos possam ter a experiência de desenvolver novas tecnologias junto a profissionais capacitados. Além disso, há ainda o programa Ciência sem Fronteiras, do governo, que dá a oportunidade ao aluno que está na graduação de cursar um ano fora do país. O aluno que fez parte do PIBIC ou do PIBITI tem vantagem competitiva para conseguir essa bolsa.

Quem pode se inscrever na Iniciação Científica?

Sidnei: É um programa para alunos de graduação. Para se inscrever, é necessário que os alunos tenham CR acima de 7,0. Os alunos do 1º período, por não terem coeficiente de rendimento nem histórico escolar, e os alunos formandos, por só poderem ficar até dezembro na pesquisa, não podem se candidatar. O aluno interessado deve propor a um professor um tema que esteja dentro da área de atuação dele.

Quantas bolsas vão ser disponibilizadas para os alunos?

Sidnei: Atualmente, nós temos 220 bolsas do PIBIC e 32 bolsas do PIBITI. Apesar de os programas serem financiados pelo CNPq, as cotas são diferentes. O número de bolsas varia a cada ano. Anualmente, a PUC submete um pedido ao CNPq, que julga o pedido, disputando com outras centenas de instituições no Brasil, e vai alocar as bolsas. Provavelmente a quantidade será similar à atual. A Universidade tem cerca de 13 mil alunos e a maioria é da graduação, mas só uma parcela pequena disputa as bolsas da iniciação científica. Dentro da PUC, geralmente são 350 estudantes disputando 250 vagas.

A distribuição é igualitária entre os departamentos?

Sidnei: A PUC tem 25 departamentos. Mas é muito difícil nós julgarmos se, por exemplo, um projeto de Filosofia é melhor que um de Engenharia Mecânica. É difícil comparar projetos de áreas diferentes. O que a gente compara é a atuação dos departamentos na iniciação científica, a gente tem alguns indicativos de quanto eles investem nisso. Se os departamentos pedem bolsas de outras fontes, se os professores da orientação são ligados à pós-graduação. Assim nós montamos um ranking, e alocamos um número de bolsas para cada departamento. Às vezes acontece de ter mais projetos qualificados do que bolsas disponíveis.