Entrevista

Valor das qualidades humanas

Valor das qualidades humanas

Marcia Campbell Stochler e Tereza Milagres

Lidar com a teoria psicológica dos tipos de personalidades, conhecida como  Teatroeneagrama, e fazer meditação são atividades do grupo Sou Mais do que Pareço. O projeto tem o objetivo de desenvolver as qualidades humanas dos funcionários e professores. As inscrições ainda estão abertas e os interessados devem preencher uma ficha no site da Superintendência de Recursos Humanos, dentro do ícone do Programa de Desenvolvimento da SRH, e depois enviar para o e-mail desenvolvimento-puc@puc-rio.br. Os encontros serão realizados todas as quartas e sextas-feiras, das 12h às 14h, e terão início no dia 2 de abril. A diretora do grupo, Marcia Campbell Stochler, e a coordenadora de Desenvolvimento da Superintendência de Recursos Humanos, Tereza Milagres, contam como é desenvolvido o trabalho e explicam que o objetivo do projeto é uma forma de melhorar a interação entre os departamentos da Universidade.

O que é o grupo Sou Mais do que Pareço?

Marcia Stochler:
 É um espaço de consciência e transformação pessoal. É um projeto educacional, terapêutico e estético. Mostra como desenvolver qualidades humanas nos funcionários, agrega valores inestimáveis e permanentes em  uma organização. O Sou Mais do Pareço é um espaço de consciência, de padrões de comportamento. É também uma nova forma de os funcionários da PUC se conhecerem entre si. Uma maneira mais voltada para afetividade, para compreensão e para os valores que não são técnicos da Instituição, mas sim os valores humanos.

Tereza Milagres: É um trabalho que ocorre dentro do Programa de Desenvolvimento Humano para os funcionários da PUC. Hoje em dia, percebo que parece que as pessoas deixam de lado a questão do desenvolvimento humano em cada um. É muito mais fácil você desenvolver pessoas tecnicamente do que no comportamento. Porque o comportamental te acompanha para a vida inteira, e o técnico, você aprende. É aí que se insere o Sou Mais do que Pareço dentro do programa de desenvolvimento humano para os funcionários da PUC.

Como e por que surgiu o grupo?

Marcia: O trabalho está no 9º ano. Eu pude observar que os funcionários da PUC eram nomeados pelas siglas dos departamentos aos quais pertenciam. Os próprios departamentos têm muito pouca interação entre si. Fui observando que isso hierarquiza muito as pessoas. Ao ser nomeada por uma sigla, a pessoa se torna melhor e maior do que a outra, que faz parte de outra sigla. Isso é muito forte aqui. A maioria dos desligamentos ocorria por questões técnicas, por comportamento. Quantas pessoas passam anos e anos despercebidos, sem se comunicar, trancadas entre paredes. Foi a vontade de mostrar que as pessoas que fazem essa instituição merecem outro tipo de visibilidade, menos funcional, mais humana. Foi assim que esse trabalho surgiu.

Quais as melhorias que os participantes obtêm com o grupo?

Marcia: As pessoas aprendem e desenvolvem melhor a comunicação, aprendem uma nova leitura do mundo, desenvolvem a inteligência, resiliência e a afetividade. Também desenvolvem a atenção, a concentração, como se colocar no lugar do outro e a dissolução de padrões repetitivos da personalidade. O grupo estimula a retomada da neutralidade como experiência básica do ser humano.

Qual é a contribuição para o dia a dia do funcionário?

Marcia: A maior contribuição é não parecer uma coisa que não é. Ser aquilo que é. Poder escolher adequadamente e usar isso nas diversas situações do dia a dia.
Tereza: A contribuição é trabalhar com a criatividade, com a equipe, inteligência, foco em resultado, o melhor relacionamento entre os departamentos, o melhor atendimento.