Prêmio para livros infantojuvenis
17 de dezembro de 2017 as 06:30
Foto: Matheus Aguiar
A cerimônia de entrega dos Selos Seleção Cátedra e Distinção Cátedra 10 premiará livros direcionados para o público jovem e infantil na terça-feira, 12, às 14h30, no auditório do IAG. A celebração, organizada pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura (iiLer), destacará as melhores obras avaliadas pelo Grupo de Estudos em Literatura Infantil e Juvenil (Gelij) em 2017. A escritora Marina Colasanti será homenageada na ocasião como autora hors-concours. A coordenadora do Gelij, professora Eliana Yunes, e o diretor do iiLer, Alessandro Rocha, falaram sobre a premiação. Todo o acervo de livros avaliados está disponível no instituto.
Como surgiu a ideia e qual o objetivo de criar os selos de premiação da Cátedra Unesco de Leitura?
Eliana Yunes: A Cátedra Unesco de Leitura e o Instituto Interdisciplinar de Leitura têm um acervo de literatura infantil e juvenil considerado uma referência para o país. Este acervo é trabalhado por um projeto de pesquisa, o Gelij, que tenta identificar quais seriam os 1001 livros que toda criança deveria ter o direito de ler. O Gelij já existe oficialmente no CNPq há quatro anos. Ano passado, foi o décimo aniversário da Cátedra e decidimos oferecer o prêmio Cátedra 10. Pensamos que podia ser a oportunidade de se criar um selo nota 10 para os melhores livros dentre os melhores. É um prêmio considerado Distinção para aqueles que são escolhidos dentro do conjunto maior de livros selecionados.
Como é feita a escolha dos livros que participam da premiação?
Alessandro Rocha: O Gelij fez, este ano, a leitura de 280 livros de literatura infantil e juvenil, enviados pelas editoras. Desse universo enorme de livros é que se chega aos 40 separados em distinção e seleção.
Eliana: Temos critérios de leituras em que valorizamos o diálogo texto/imagem, já que o livro dessa faixa de público é uma obra em que tanto o texto como a imagem têm muita importância. Consideramos como condição primeira de qualidade do livro que esse diálogo seja fluente. Além disso, o livro precisa ter várias isotopias de leitura, para que do Ensino Fundamental à Pós-Graduação, haja interação com o leitor, já que se trata de literatura. O grupo considera o impacto estético que o texto e a imagem podem oferecer a uma provocação pela arte; por outro lado, há os valores éticos, que impactam a vida. A literatura infantil é um canal privilegiado de formação da sensibilidade e da inteligência, voltado para a compreensão de que estar no mundo é ser leitor.
Como será a programação da premiação?
Rocha: A cerimônia consta primeiro de uma apresentação do próprio iiLer e do grupo de pesquisa. Depois, teremos uma mesa para discutir a ideia do politicamente correto na literatura, que é um tema muito importante na literatura infantil e juvenil. Depois disso, será feita a entrega das premiações.
Eliana: Vamos apresentar o grupo de pesquisadores e destacar cada livro merecedor desta distinção especial, que deve estar representado na ocasião pela editora ou pelos autores. Todos os anos há um autor hors-concours, consagrado portanto, que recebe uma homenagem especial. Este ano, será Marina Colasanti, que recebeu destaque como tradutora do livro Imagine, do John Lennon, e é autora do livro de poesia Tudo Tem Principio e Fim e do livro de contos Quando a Primavera Chegar.