O professor Cesar Kuzma, do Departamento de Teologia da PUC-Rio, foi eleito e nomeado membro do Conselho Editorial da “Concilium”, revista de reflexão teológica católica e ecumênica situada entre as mais importantes do mundo. O Conselho tem um trabalho de relevância e referência internacional, e sobre ele o professor conversou com o PUC URGENTE.

Como recebeu a notícia?
Cesar Kuzma: Eu recebi esta notícia, por e-mail, no domingo à noite (26/05), e na quarta-feira, dia 28, conversei com a professora Susan Abraham, dos EUA, atual presidenta da Revista. Entre os dias 17 e 20 de maio, quando de sua reunião anual – na cidade de Palermo, Itália;l – meu nome foi apresentado e aprovado pela diretoria e conselheiros atuais. Eu recebi a notícia com alegria, mas também com muita responsabilidade, pois sei da importância histórica da revista e da relevância que suas produções trazem para o debate teológico atual.

Fale um pouco sobre a revista “Concilium”.
Cesar Kuzma: Ela traz este nome porque nasceu em decorrência do Concilio Vaticano II, em 1965. A ideia era produzir um diálogo permanente com as culturas e a sociedade, de forma atenta aos grandes temas que hoje emergem. Isso faz com que a revista busque trazer vozes novas e diferentes, de diversas partes do mundo, a fim de oferecer um debate amplo e autêntico sobre questões urgentes. Atualmente, suas edições são produzidas em quatro idiomas: inglês, alemão, italiano e espanhol, simultaneamente. Em 2015, a PUC-Rio recebeu uma edição da reunião anual da “Concilium”, pois na ocasião, a Profª. Maria Clara Bingemer fazia parte do Conselho Editorial.

E qual será a sua atribuição?
Cesar Kuzma: Farei parte do Corpo de Editores, uma posição de responsabilidade, pois grandes nomes da teologia já ocuparam este espaço. Do Brasil, especificamente, Leonardo Boff, José Oscar Beozzo, Luiz Carlos Susin, Maria Clara Bingemer e Geraldo Luiz De Mori. Teremos reuniões periódicas para a produção de material e dossiês específicos, buscando atingir um horizonte global, em uma perspectiva teológica que se faça crítica e atenta aos gritos e esperanças que temos hoje. Numa linguagem do papa Francisco, um fazer teológico voltado às periferias. Este também será um espaço de debate e de partilha, para ouvir, aprender e servir.