Matrícula em tempo real: As melhores escolhas têm hora certa
11 de novembro de 2013 as 06:30
Com base no imediatismo da vida contemporânea, a PUC-Rio vai mudar o sistema de matrícula. O novo sistema será em tempo real e entrará em vigor a partir de 2014.1, inicialmente restrito ao Centro Técnico Científico (CTC). De 13 a 17 de janeiro, o aluno vai selecionar uma turma, confirmá-la e, quando acabar, já estará matriculado. Os dias e horários serão pré-determinados com base nas prioridades dos estudantes. Os alunos do CTC poderão entrar no PUC Online a partir de 26 de dezembro para saber qual será o horário. O Coordenador Setorial de Graduação do CTC, Luiz Fernando Martha, e a Coordenadora Central de Graduação da Vice-Reitoria Acadêmica, Daniela Vargas, explicam como será o novo sistema, que tem como objetivo aumentar a eficiência de todo o processo.
Como será o novo procedimento?
Luiz Fernando Martha: Imagine uma loja de compras virtuais. O aluno seleciona as disciplinas que está apto a cursar com base na avaliação dos pré-requisitos. São três opções de escolha. O sistema mostra para o estudante quais disciplinas ele pode cursar, ou o aluno também pode selecionar a matéria por horário ou pelo código. É um processo muito intuitivo que tem a resposta imediata, e por isso não precisa de segunda e terceira opção como no método anterior. Não é mais uma solicitação. É uma matrícula em tempo real. O sistema mostra o número de vagas que estão disponíveis, e o aluno termina a grade já matriculado nas disciplinas que ele escolheu. Cada estudante realizará a matrícula em dia e horário pré-determinados respeitando suas prioridades. Uma parte de manhã e outra à tarde. À noite, será aberto um horário alternativo para quem perdeu o seu horário naquele dia. Este aluno terá outra oportunidade já com base no número de vagas que foram ocupadas pelos que fizeram a matrícula primeiro.
Daniela Vargas: Haverá ainda uma segunda data pré-determinada, onde serão efetuados os ajustes necessários. Os alunos poderão realizar ou alterar a matrícula aproveitando apenas as vagas disponíveis e novamente respeitando suas prioridades. Além disso, a PUC disponibilizará uma equipe de plantão, nesses dias pré-determinados, para o caso de o aluno não conseguir efetuar a matrícula.
Por que surgiu a decisão de mudar o sistema de matrícula?
Luiz Fernando: Porque eram muitos processos. O sistema estava muito longo e não estava atendendo os alunos. Além disso, é uma forma de diminuir a quantidade de estudantes fazendo o De-Para presencial. A terceira fase da matrícula ocorria na primeira semana de aula, era um transtorno e perdia-se aula. Às vezes, uma matrícula inteira estava sendo feita no De-Para. Esse sistema é mais moderno, mais dinâmico, mais dentro do nosso padrão de consumo. Nosso consumo é instantâneo, imediatista, queremos comprar e ter logo. O novo sistema de matrícula atende a esse desejo. Esse processo é muito mais direto e natural, não gera expectativas. Você sabe o que tem disponível e já sai com a matrícula feita.
Daniela: Nós fizemos uma revisão do planejamento acadêmico durante todo o ano de 2013. Conseguimos fazer uma distribuição de turmas que dispensa esse feedback da solicitação de matrícula. Temos uma série histórica que mostra a manutenção nos padrões. E isso desmitificou a ideia de que os alunos precisavam fazer a solicitação para a gente fazer o planejamento. Nós vimos que os ajustes que nós tínhamos de fazer eram muito pequenos para justificar todo esse processo de matrícula que ia de dezembro a março.
O que ocorre se o aluno perder os horários determinados?
Luiz Fernando: A intenção é diminuir o De-Para presencial, mas em último caso, o aluno ainda terá essa opção. O De-Para é regimental e existe até para o caso de o aluno não gostar do programa oferecido. Na verdade, ele era só para isso, mas acabou sendo utilizado para fazer a matrícula inteira e é com isso que nós queremos acabar.
Quando o novo sistema de matrícula vai ser ampliado para os outros Centros?
Daniela: A ideia é começar no segundo semestre de 2014. Decidimos começar no CTC, porque observamos que 40% dos alunos do Centro fizeram o De-Para presencial. Então foi um consenso de que ele seria o mais beneficiado com a mudança. Estamos partindo do maior problema para conseguir, aos poucos, incorporar os outros setores à medida que formos aperfeiçoando. E também para não mudar tudo ao mesmo tempo. Nós estamos fazendo uma evolução gradativa.