Biologia de casa nova, em novo endereço, no coração da PUC
Por: Giovanna De Luca
10 de dezembro de 2021 as 06:30
A diretora do Departamento de Biologia, professora Rejan Guedes. (Foto: Flavia_Espíndola)
Pela primeira vez, o curso de Biologia vai morar no campus Gávea da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Dia 15 de dezembro será a inauguração do Edifício Engenheiro Luiz Cyrillo Fernandes, que abrigará o Departamento de Biologia – o nome é uma homenagem ao ex-aluno e benfeitor. A diretora do Departamento de Biologia, professora Rejan Guedes, acredita que a habitação no campus terá resultados positivos tanto para os alunos quanto para o departamento.
Como pode ser definida a importância da construção do prédio do curso de Biologia?
Rejan Guedes: Nenhuma graduação deveria ser constituída fora do Campus, com a construção do prédio, curso vai passar a estar no coração da Universidade. O pulsar dos pilotis, a vibração que permite o encontro de alunos e professores, a troca de ideias e geração de conhecimento diz tudo sobre a Universidade. Nossos alunos vão ganhar em estar diariamente neste campus.
De que forma este espaço favorece o departamento?
Rejan Guedes: Na perspectiva do departamento, o ganho é a oportunidade de um curso, que por enquanto só tem graduação, se tornar visível ao corpo universitário. Eles vão perceber que existe um departamento com competências instaladas, que faz pesquisa, que atua na pós-graduação e que publica, mas que, pelo fato de não ter uma pós-graduação, a produção acaba sendo ocultada. Nessa perspectiva, o espaço físico é um salto maravilhoso não só para o departamento, mas também para a Universidade como um todo.
O que os alunos podem esperar do espaço?
Rejan Guedes: Com o prédio, os alunos vão encontrar mais espaços. São dois laboratórios pedagógicos dedicados à licenciatura. É uma forma de continuar dando protagonismo a esta área – vale lembrar que a faculdade tem a concessão de bolsas pró-licenciatura. A gente quis dar importância ao ensino das ciências de uma forma geral, portanto, deixamos duas salas dedicadas a múltiplos usos e com bastante dinamismo. As salas ficam no primeiro andar do prédio, facilitando o acesso de escolas externas à PUC.
Qual a maior diferença entre os antigos espaços e o atual?
Rejan Guedes: O curso fez adaptações nas instalações onde ele ocupou, essa é a terceira mudança. Primeiro, foi em uma casa residencial que foi adaptada para receber os alunos em Santa Maria. Depois, migramos para o antigo colégio São Marcelo, que tinha instalações de sala de aula, mas não tinha espaço de laboratório e tivemos que adaptar, novamente. E agora, finalmente, estamos no campus, e toda a rede fixa se encontra ajustada na grade de disciplinas – com direito a rede laboratorial e aulas práticas. Nossos alunos hoje podem manusear materiais biológicos, celular, plantas e animais.
Ecologicamente falando, o prédio tem algum diferencial?
Rejan Guedes: A crise econômica do estado não nos permitiu atender todos os princípios ecológicos que são preconizados e que gostaríamos, mas o envelopamento do prédio com brises é algo interessante. Ele gera um conforto térmico, diminui o gasto energético e é uma forma de cooperarmos no uso mais racional da energia elétrica que demanda por água.