Entrevistas

A felicidade como movimento

A felicidade como movimento

Vice-Reitor Comunitário, professor Augusto Sampaio, e a psicóloga e idealizadora do Programa Equilibrium, Patricia Magacho contam sobre a Semana da Felicidade. Foto: Amanda Dutra

Desta segunda-feira, 18, até esta sexta-feira, 22, será realizada a Primeira Semana da Felicidade PUC-Rio no anfiteatro Junito Brandão. Para celebrar o Dia Internacional da Felicidade, 20 de março, data criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), serão promovidas palestras, atividades culturais, esportivas e lúdicas. O Vice-Reitor Comunitário, professor Augusto Sampaio, e a psicóloga e idealizadora do Programa Equilibrium, Patricia Magacho, contam detalhes sobre o encontro, desde os motivos da realização até as expectativas da semana. Mais informações e programação completa do encontro em @equilibrium.pucrio

Como surgiu a Semana da Felicidade?

Patricia Magacho – A Ação para Felicidade é um movimento mundial. Nos últimos 20 anos, a felicidade ganhou status científico, ela pode ser medida, você pode aferir o quanto a pessoa poder ser mais feliz ou não. Isso trouxe um caminho de prevenção. E é por isso que estamos aqui, pensando nisso. Trabalhamos não só para apagar fogo mas para a potencialização da felicidade. O Equilibrium é um programa que se propõe a promover a vida e o bem-estar, baseado nas pesquisas da neurociência, da psicologia, não é de tratamento. Práticas e ações embasadas em pesquisas que podem ser aplicadas no dia-a-dia são parte do trabalho. A felicidade é customizada, não existe uma receita única para todos.

Augusto Sampaio – No bem-estar físico você pode ir à academia, controlar a alimentação. O bem-estar mental é diferente. A proposta é trazer lembretes, dicas. Esquecemos às vezes da parte espiritual, acaba atrofiada, como a parte física, se não nos exercitarmos.

Por que o tema de 2019 é Felicidade: Uma Conquista de todos?

Patricia – Porque está ao alcance de todo mundo, desde que tenhamos disciplina, arranjemos atenção e tempo para coisas que comprovadamente trazem felicidade: relações, fazer o bem, o contato com a dimensão espiritual, manter-se fisicamente ativo. A conquista parece uma coisa que vem pronta, mas na verdade é preciso suar muito para conseguir. A primeira barreira que se deve vencer, para ser mais feliz, justamente vem ser a barreira de fazer algo em prol da própria felicidade.

Há uma diversidade entre os nichos dos palestrantes, como ocorreu a escolha?

Patricia – São todas pessoas dedicadas, que acreditam no trabalho, por isso foram convidadas a participar. Estudo muito tempo nessa área, então muitos são amigos.

O que é o Programa Equilibrium? Como começou?

Augusto – Equilibrium é um programa para promover o bem-estar dos alunos, a paz no meio da loucura, chamar as pessoas a pensar. Em 2018, a Vice-Reitoria Comunitária soube de cinco tentativas de suicídio de alunos da PUC-Rio. É um problema sério de doença mental, não só com os alunos. Uma falha na Universidade é o professor não ter tempo para o aluno. Há uma obrigação tão grande com a grade do aluno que você, às vezes, não consegue falar com o professor. Com a quantidade de trabalho que se pede, acho que aos poucos está se tirando a oportunidade desse aluno de pensar. Essa inquietação nos levou a construir o Programa. Estamos vivendo um período entupido de coisas tensas, o dia inteiro. Mas tem coisa boa acontecendo também. Se não, você fica com uma visão só da loucura. O Equilibrium, no fundo, é esse espaço, como podemos buscar, é mostrar um caminho.

O que é esperado da 1ª Semana da Felicidade PUC-Rio?

Augusto – Quero primeiro que a família PUC descubra esse Programa, queremos divulgação. Elas não precisam participar, mas sabem que existe aqui uma oferta. A Vice-Reitoria Comunitária e a psicóloga Patricia estão oferecendo para a comunidade uma receita de bolo, que é um bolo para a vida inteira, um bolo que por mais que se coma vai se querer mais. Estamos oferecendo o bolo da felicidade, venha comer conosco, ele não dá indigestão nunca.