A família e o casal no centro da discussão
14 de setembro de 2012 as 06:30
Com o objetivo de divulgar o trabalho dos alunos e mediar uma troca significativa com o público, a Jornada do Curso de Especialização em Terapia de Família e Casal chega à quarta edição no dia 22 de setembro, no auditório do RDC. A inscrição custa R$ 20 para estudantes e R$ 40 para profissionais, e pode ser feita até quarta-feira, 19, pelo e-mail psdir@puc-rio.br, na secretaria do Departamento de Psicologia ou pelos telefones 3527-1186 e 3527-1185. O tema central desta edição será o desenvolvimento do self ao longo da vida – considerações para a clínica com casais e famílias. As organizadoras da Jornada, professora Terezinha Feres-Carneiro e professora Andréia Seixas Magalhães, explicam a metodologia do curso e a organização do seminário.
Qual a abordagem do Curso de Especialização em Terapia de Família e Casal?
Terezinha Feres-Carneiro: O curso de especialização é voltado para alunos que tenham graduação em psicologia ou em medicina – de preferência os médicos devem ser psiquiatras. A duração é de dois anos. São três semestres de cursos teóricos, um ano de prática em psicoterapia de família e casal e o último semestre é a monografia.
É importante ressaltar que, nesse campo das terapias de família, predominam duas grandes abordagens, as sistêmicas e as psicanalíticas. Em geral, a maioria dos cursos de especialização no Rio trabalha as abordagens sistêmicas, oferece formação exclusivamente nelas. E a especificidade do nosso curso é articular essas duas abordagens. A gente acredita que, trabalhando com família e casal, é importante levar em consideração aquilo que é da ordem intrapsíquico, que a psicanálise privilegia, aquilo que é da ordem do interacional, que as abordagens sistêmicas privilegiam, e aquilo que é da ordem do social. Essa tríplice chave de leitura caracteriza o nosso curso.
Em que consiste a Jornada?
Terezinha: Os cursos de especialização do nosso departamento oferecem uma jornada do serviço. E essa jornada é sempre marcada pela apresentação das melhores monografias dos alunos do curso. A gente aproveita e convida também alguém para fazer uma conferência, este ano nossa convidada é a professora Edna Poncio, da UERJ. Os professores também participam do seminário, comentando o trabalho dos alunos. Mas a maior parte das atividades são as apresentações das melhores monografias da última turma que se formou.
Como são escolhidas as monografias apresentadas na Jornada?
Terezinha: A gente se reúne com os professores da especialização e escolhe os alunos com as melhores notas. O professor orientador da pesquisa também precisa opinar sobre a escolha.
Qual tem sido o resultado obtido até esta edição?
Andrea Seixas Magalhães: O objetivo sempre foi divulgar o trabalho dos alunos e mediar uma troca significativa com o público. Já ouvimos de alguns alunos que, após assistirem a alguma das jornadas, se inspiraram para os próximos temas de pesquisa. Queremos divulgar o trabalho dos alunos, e também provocar a discussão sobre o que é produzido aqui. E temos conseguido isso a cada edição.
Quais as expectativas para este ano?
Andrea: Esperamos continuar conseguindo produzir coisas boas. Queremos que os alunos deem visibilidade ao seu trabalho e que a gente tenha um espaço de troca, de compartilhamento do trabalho profissional.