Atravessando oceanos: Instituto Confucius celebra 14 anos de atuação com lançamento de livro
Por: Pedro Soares e Pedro Luiz Meireles
9 de dezembro de 2025 as 06:30
Os diretores Sun Yanping e Leonardo Bérenger e a coordenadora Roberta Dinelly integram o Instituto Confucius (Foto: Ana Beatriz Magalhães / Comunicar)
Publicação reúne memórias e reflexões sobre a trajetória da instituição e reforça o papel estratégico da cooperação Brasil-China no ensino da língua e da cultura chinesa
O Instituto Confucius chega ao seu 14º ano de atuação na PUC-Rio e, para celebrar a data, vai lançar o livro “Bridging the Ocean, Sharing our story” nesta quarta-feira, dia 10, das 11h às 13h30, no Campus Matteo Ricci, onde está localizado o escritório principal do Instituto.
O PUC Urgente conversou com o diretor brasileiro do Instituto Confucius, Leonardo Bérenger, sobre a importância de registrar a trajetória desses 14 anos, assim como a necessidade do estreitamento das relações entre Brasil e China e as perspectivas de cooperação para o ensino de chinês no Brasil. A publicação, organizada por Bérenger e a diretora chinesa do Instituto, Sun Yanping, reúne reflexões de pessoas que fizeram parte da história do Confucius, entre eles o ex-diretor brasileiro da Instituição, Júlio Diniz e a coordenadora Roberta Dinelly.
Quais foram os principais desafios e conquistas do Instituto Confucius nesses 14 anos de história?
Leonardo Bérenger: Acomodar as diferenças é sempre um desafio. O Instituto Confucius é uma instituição de cooperação bilateral entre a China e o Brasil. Temos que estar em compreensão e em acomodação dessas diferenças culturais para a China, para que atinjamos nossos objetivos, divulgação da cultura chinesa e do ensino do chinês como língua estrangeira. Nós crescemos muito na dimensão do ensino da língua e da cultura, abrindo polos fora da PUC por meio de acordos de cooperação com outras instituições. O Instituto Confucius da PUC-Rio se configurou como uma plataforma para que se pense intercâmbio acadêmico com a China e possibilidades de acordos para inovação tecnológica e corporativa. O fator principal para esse crescimento do Instituto são as relações sino-brasileiras.
Quais são as perspectivas do Instituto Confucius para os próximos anos?
Leonardo Bérenger: As perspectivas de crescimento já estão em andamento. Temos acordos de cooperação para o ensino chinês por meio do Memorandum of Understanding (MOU). Estamos lançando agora o nosso livro, que coleciona relatos de professores, diretores e funcionários que atuaram ao longo desses anos no Instituto. Será um referencial para quem for estudar a implementação, de forma mais institucionalizada, dos estudos Confucius no Brasil. As perspectivas são de manter o crescimento, aprofundar as relações com diversas instituições de ensino e empresas. E expandir esses acordos e colaborações.
Para comemorar seus 14 anos, o Instituto está lançando o livro “Bridging the Ocean, Sharing our story”. É importante registrar a história do Instituto?
Leonardo Bérenger: É fundamental, porque a escrita de uma história nos fornece uma documentação daquilo que foi feito, nos levando sempre a uma reflexão sobre os acertos e sobre as possibilidades de maior desenvolvimento. Todos os relatos vão trazer a experiência de se trabalhar entre duas culturas. Nós, brasileiros, temos aprendido que as diferenças não são tão radicais. Essas diferenças dão a tônica da força das relações Brasil-China.
O que Brasil e China têm a ganhar com o estreitamento das relações?
Leonardo Bérenger: A China é uma potência cada vez mais consolidada nesse lugar, com desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento, da IA à medicina, ao campo de investigação energética. Ambos os lados ganham com essa relação.



