Campanha de Natal Brincar é Sonhar mobiliza comunidade PUC-Rio
Por: Usabit Team
30 de novembro de 2020 as 06:30
Padre José Abel de Sousa
Coordenador da Pastoral Universitária Anchieta da PUC-Rio, padre José Abel de Sousa conta detalhes sobre a participação da comunidade PUC-Rio na campanha de Natal Brincar é Sonhar, realizada em conjunto com a Arquidiocese do Rio de Janeiro. É possível doar valores via SGU ou por meio de depósito bancário em uma conta cedida pelo Vicariato para Caridade Social da Arquidiocese do Rio. Padre Abel enfatiza que, para doações nesta conta bancária, é necessário acrescentar 0,25 ao valor original para que a doação possa ser identificada. Por exemplo, se o valor for R$ 200,00, deve-se depositar R$ 200,25. O Coordenador da Pastoral deseja que, além de levar alegria às crianças, a campanha sirva para estimular a reflexão em período de Natal e que desperte um espírito de solidariedade, de justiça social, de fraternidade.
Qual o grande lema que move a realização da campanha de Natal Brincar é Sonhar?
Trata-se de uma iniciativa solidária, que partiu de um pequeno grupo de pessoas da PUC-Rio com o intuito de levar um pouco de alegria às crianças já tão sofridas devido aos sucessivos des-governos na cidade, no estado e no país. A crise financeira e o desemprego, como se sabe, neste ano, foram ainda mais agravados por causa da pandemia da Covid-19.
Quais as instituições que abraçaram o projeto e como se reuniram em torno deste objetivo?
A ideia surgiu de um diálogo entre membros da Vice-Reitoria de Desenvolvimento, da Pastoral Universitária Anchieta e, aos poucos, foi ganhando adesões e apoios de diversos membros da Vice-Reitoria Comunitária, de representantes do Vicariato para Caridade Social da Arquidiocese do Rio, de vários estudantes da PUC-Rio, do Grupo Francisco. A partir daí, iniciamos um diálogo com membros de associações diversas do Parque da Cidade, da Rocinha, da Kelson’s, na Penha, e Campo Grande, portanto, mais do que instituições, de maneira formal e oficial, tem havido adesões de pessoas desejosas por fazer o bem. É impossível citar nomes, porque alguns preferem permanecer no anonimato, e, também, certamente seria difícil citar todos. A lista, felizmente, já é longa e há espaço para crescer ainda mais.
Como funcionará a campanha? Como as pessoas podem contribuir?
Devido ao contexto do agravamento da pandemia, optamos por priorizar as doações em transferência ou depósito bancário. Para contribuições de departamentos e unidades ou pessoas da PUC-Rio com a acesso ao SGU, as doações poderão ser feitas via SGU na meta/fase: 0820.00.00 – Campanhas Div. Pastoral Universitária – Centro de custo: Div. Pastoral Universitária. Outra opção é via depósito bancário em uma conta cedida pelo Vicariato para Caridade Social da Arquidiocese do Rio: Banco Bradesco Agência: 0814-1, C/C: 74186-8 – CNPJ: 34.267.971/0001-14. Para doações nesta conta bancária, pedimos que acrescente R$ 0,25. Ex: 200,25. Caso a pessoa tenha em casa brinquedos usados, desde que em perfeito estado de conservação, eles podem ser entregues no Espaço Francisco, na Rua Marquês de São Vicente, 389, ao lado do IOPUC.
Quem serão os beneficiados com esta campanha?
Como diz o adágio popular “faz bem fazer o bem” ou como diz a Sagrada Escritura, “Há mais alegria em doar do que em receber” (At 20,35), portanto, os primeiros beneficiados somos todos nós que estamos envolvidos de algum modo na campanha, não apenas quem está à frente, mas, cada pessoa que doa algum valor financeiro. Até aqueles que se doam, gastando parte do seu tempo em prol de fazer uma criança feliz. Não há dúvida de que são todos beneficiados. Os destinatários da campanha são crianças moradoras em primeiro lugar do Parque da Cidade, da Rocinha, por estarem situadas nas redondezas da PUC-Rio, mas vamos contemplar também a Kelson’s e Campo Grande, duas regiões bastante necessitadas e nas quais há vários funcionários, inclusive terceirizados da PUC-Rio. Há também diversos estudantes da PUC-Rio em todas estas localidades.
Como foram selecionadas as comunidades que receberão as doações?
No caso da Rocinha e do Parque da Cidade, um primeiro critério foi a proximidade física com a PUC-Rio, mas, um outro critério que vale igualmente para a favela da Kelson’s e Campo Grande é a articulação de diversos setores da PUC-Rio com estes lugares desenvolvendo atividades de voluntariado e de extensão universitária nas mais diversas modalidades. Há um convênio assinado há pouco tempo entre a PUC-Rio e o Vicariato para a Caridade Social da Arquidiocese, e as atividades e ações deste convênio também estão contribuindo não apenas para a escolha, como também para a organização e a preparação para a distribuição dos brinquedos nestas localidades.
Há diferença entre esta campanha realizada na pandemia e as anteriores?
Constatamos que sim, pois, se a pandemia por um lado aumentou a crise financeira para as pessoas mais pobres, para os trabalhadores informais, por outro lado, a mesma pandemia evidenciou uma situação de miserabilidade existente já bem antes. Acreditamos, e inclusive já constatamos, que muitas pessoas têm cada vez mais se dado conta de que solidariedade não se resume a doar um pouquinho daquilo que sobra. Sobretudo, esta campanha almeja suscitar na comunidade da PUC-Rio a consciência de que não podemos mais achar normal que enquanto uns vivem na ostentação e no luxo, outros vivem literalmente no e do lixo. Concretamente, somos todos chamados a abrir mão de gastos supérfluos em favor de quem encontra-se privado do básico. Acreditamos que uma campanha como esta poderá ser muito educativa e fazer bem a todos nós. Em resumo, queremos em primeiro lugar entregar brinquedos para as crianças, mas sonhamos que esta oferta seja apenas um início de um espírito de solidariedade, de justiça social, uma consciência de que somos chamados à fraternidade, como bem lembra o Papa Francisco na sua mais recente encíclica “Fratelli tutti”. Esta campanha de Natal realizada no contexto da pandemia nos convida a festividades natalinas mais sóbrias, promovidas com um coração mais generoso.