China e Brasil: cinco anos de parceria
30 de setembro de 2016 as 06:30
O Instituto Confucius celebra cinco anos de parceria com a PUC-Rio, com a proposta de integração entre a cultura chinesa e brasileira. Para comemorar a data, na quarta-feira, 5, das 9h às 17h, será realizado o Dia da China, nos pilotis do Edifício da Amizade, com exposições e palestras que mostram um pouco do estilo de vida chinês. A diretora brasileira do Instituto Confucius, professora Adriana Nóbrega, e a diretora chinesa Ana Qiao explicam sobre o projeto.
Qual a proposta do Dia da China?
Adriana Nóbrega: Todo ano realizamos essa comemoração. É uma exposição dos trabalhos que o Instituto Confucius faz. A programação vai expor elementos da cultura chinesa, como literatura, música e obras de arte. Vão ocorrer algumas oficinas de caligrafia, arte com papel e esportes. Com foco na comemoração desses cinco anos, o intuito é mostrar, também para a Universidade, o que fazemos em termos de projetos e atuação, e que estamos disponíveis para todos os departamentos e setores da PUC para essa integração.
Ana Qiao: Este ano, em razão da Olimpíada, não conseguimos realizar o Mês ou a Semana da China. Mas não poderíamos deixar de comemorar. A PUC já é muito conhecida nessa área do Instituto Confucius. Fomos eleitos o melhor da América Latina.
Qual o trabalho do Instituto?
Adriana: Consiste em divulgar os costumes e a cultura chinesa pelo mundo e, no caso da PUC, fazer uma ponte entre a China e o Brasil. Pretendemos promover um intercâmbio entre os dois países com convênios e projetos, como a missão dos educadores, que envia professores para melhorar a qualidade do ensino. Em 2015, participamos do projeto da primeira escola intercultural Brasil-China do Brasil, em Niterói. Estamos disponíveis para entrar em contato com a China e ajudar qualquer departamento que queira promover algum projeto acadêmico.
Ana: O Confucius funciona como outros institutos que buscam divulgar a língua e a cultura de um país no exterior. Usamos o nome Confucius porque, para os chineses, é um símbolo de cultura, educação e filosofia. O Instituto Confucius da PUC funciona em parceria com a Universidade de Hebei e é referência na América Latina.
Qual é o balanço do trabalho realizado nos cinco anos do Instituto Confucius do Rio de Janeiro?
Adriana: O balanço é bem positivo. Diante de todas essas atividades, projetos, parcerias e inserções proporcionadas pelo trabalho da Ana, que é muito cuidadosa, o instituto consegue inserir a PUC em uma cultura distante. Uma cultura que conhecemos mais por boatos do que por contato. Qual é a oportunidade que nós temos de ir à China e conhecer, de fato, os costumes e peculiaridades chineses? Também é muito positivo pelos convênios e parcerias que foram realizados. Com a vinda do instituto, o mandarim passou a ser ensinado na Universidade, junto a outros idiomas como o alemão, o inglês e o espanhol, o que diferencia a PUC em relação ao ensino de línguas. É importante ressaltar que os chineses também aprendem sobre o Brasil com os projetos do Instituto.
Ana: O trabalho do Instituto não se limita à PUC. Ele também atua fora da Universidade e do Estado. Este semestre oferecemos cursos na UFF e na UFRJ. Saímos da Universidade não só para divulgar a língua e os costumes chineses, mas para divulgar a PUC. Existem estados que não têm uma sede do Instituto e, por isso, atuamos nesses lugares. Somos o único Instituto Confucius que tem cursos fora da Universidade e do Estado.