Entrevistas

Comunicação ganha curso de doutorado

Comunicação ganha curso de doutorado

O Departamento de Comunicação Social recebeu aprovação do Conselho Técnico Científico da CAPES para abrir o curso de doutorado, que agora se junta à graduação e ao mestrado. A decisão foi tomada em reunião realizada em 27 e 28 de fevereiro deste ano. Este é um projeto conjunto dos professores do Programa de Pós-Graduação do Departamento, coordenado pelo professor Miguel Pereira. O Coordenador-Adjunto de Pós-Graduação, professor Everardo Rocha, comemora a conquista e explica a sua importância para a Universidade.

Qual a importância do Doutorado em Comunicação para a PUC?
Everardo Rocha:A importância é imensa. Quando se tem uma graduação de excelência como a PUC tem e, em seguida, há uma perspectiva de ter um mestrado e um doutorado, organiza-se uma hierarquia e meritocracia acadêmica que atinge positivamente a qualidade de todo o curso. O doutorado é o último grau universitário e quando você está em um departamento em que há a perspectiva de sair de lá doutor, isso impacta professores, alunos e a qualidade da sala de aula. Não por acaso, na PUC, quase todos os departamentos oferecem graduação, mestrado e doutorado.

Há quanto tempo a PUC sonhava com o doutorado em Comunicação?
Everardo: 
A PUC sempre desejou e teve o projeto de que todos os departamentos tivessem a opção de mestrado e doutorado. A Comunicação era um dos últimos departamentos que faltavam e agora completamos este ciclo. É um desenvolvimento natural para uma universidade de ponta no país. É muito importante que se tenha essa perspectiva de oferecer uma formação integral ao estudante.

Como o senhor classifica a importância do título de doutor para um comunicólogo?
Everardo: 
A Comunicação tem um lado aplicado muito forte, muitos vão ao mercado serem jornalistas, publicitários ou cineastas. Mas também é preciso que todas essas práticas tenham uma densidade teórica para que, por trás delas, sejam pensadas, organizadas e desenvolvidas. E quem exercerá este papel são os pesquisadores e doutores. Esperar que o próprio praticante faça uma reflexão científica sobre a sua prática é esperar demais. Para que as funções práticas cresçam e sejam aperfeiçoadas, elas precisam de uma reflexão crítica e analítica, para que haja uma produção de conhecimento em cima delas.

Quais serão os principais benefícios?
Everardo: 
Quando se tem o curso de Doutorado, você supõe que a maioria dos alunos que estão fazendo o Mestrado faça o Doutorado posteriormente. A quantidade de alunos que fez Mestrado conosco e foram realizar o Doutorado em outros lugares do Brasil e no mundo é imensa. Então, haverá um impacto muito forte também no Mestrado, pois dará um caminho natural aos alunos.

Em sua opinião, o que o Doutorado da PUC terá para que o aluno resolva faze-lo aqui e não em outra instituição?
Everardo: 
A especificidade das pesquisas que são feitas pelos professores daqui. A PUC é uma das melhores universidades no Brasil e tem um diploma muito forte e sólido, o que acaba atraindo os alunos para cá. Mas, no doutorado, pensa-se mais na pessoa com quem se vai trabalhar e qual a especificidade da pesquisa que está sendo feita pelos vários líderes dos campos, ou seja, os professores de Doutorado em todo o país. A escolha se passa mais por aí. Atrairemos pessoas que estejam interessadas nos campos de pesquisa estudados pelos nossos professores.

Como o aluno poderá se inscrever?
Everardo: 
Estamos em uma fase de comemoração e começando a refletir sobre qual o momento mais adequado para se fazer o concurso e qual formato deste concurso. Mas certamente ele não escapará dos métodos tradicionais, como projeto de pesquisa e cartas de apresentação.