Construção da nova agenda socioambiental
3 de junho de 2016 as 06:30
Universidade Sustentável: Repensar a Agenda Socioambiental da PUC-Rio é o tema da XXII Semana de Meio Ambiente, que será de terça, 7, a sexta-feira, 10. Organizada pelo Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente da PUC-Rio (NIMA), a Semana tem como objetivo fazer uma revisão para construir uma nova agenda a partir de painéis e workshops interdisciplinares que discutirão a sustentabilidade. Uma das organizadoras do encontro, a diretora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, professora Maria Fernanda Lemos, que também é diretora de Extensão do NIMA, comenta sobre como será esta edição e adianta que haverá mudanças na nomenclatura de alguns dos nove pontos da agenda.
Qual a proposta da XXII Semana do Meio Ambiente?
Maria Fernanda Lemos: Ser o primeiro momento de participação para uma construção colaborativa da nova Agenda Socioambiental da PUC-Rio. O tema continua sendo sustentabilidade, mas a grande diferença é que todo debate está em torno da revisão para construir a agenda. Cada painel será voltado para um dos nove temas propostos.
Quais serão os novos pontos da Agenda Socioambiental?
Maria Fernanda: A agenda trabalhava com biodiversidade, energia, água, materiais, resíduos sólidos, atmosfera e educação ambiental. Esses temas serão mantidos, mas, por exemplo, sobre a atmosfera, estamos propondo introduzir a nossa contribuição no contexto de mudanças climáticas, uma questão que é bem contemporânea. A proposta é que esse ponto passe a ser chamado de mudanças climáticas e qualidade do ar. Na educação, colocamos o tema da saúde, visto da forma mais ampla possível. É você construir um ambiente mais saudável e discutir também um pouco do que consumimos de alimento dentro do campus. Outro novo ponto é o da mobilidade, que está muito latente para o contexto mundial. O que justifica, e torna urgente, pensarmos na nossa inserção dentro da cidade. Nesse item, também, será abordada a acessibilidade universal. O item materiais foi substituído pela nomenclatura espaços de convivência, ou seja, como os lugares onde as pessoas convivem dentro Universidade vão contribuir ou não para práticas sustentáveis.
Qual é a importância de organizar uma Semana de Meio Ambiente na Universidade?
Maria Fernanda: A PUC valoriza e é vista pela sociedade como uma Universidade que investe em práticas sustentáveis e cumpre um papel social importante de formar alunos para o mundo futuro. O que enriquece a Semana de Meio Ambiente é a interdisciplinaridade presente nas atividades. Cada painel é composto por palestrantes de áreas diferentes, que abordarão a sustentabilidade. O papel da Universidade é o de uma instituição que precisa dar exemplos para o mundo do que é necessário fazer neste contexto de crise socioambiental e de mudanças climáticas. Essencialmente, acredito que a Semana do Meio Ambiente é importante para reforçar e difundir os valores da PUC-Rio.
Como serão as atividades da XXII Semana do Meio Ambiente?
Maria Fernanda: Na parte da manhã, teremos os painéis que vão discutir os temas do ponto de vista mais conceitual. Haverá a participação de um especialista na área falando dos princípios para abordar aquele assunto para a construção de uma Universidade sustentável. E, à tarde, os workshops serão processos de construção colaborativa das ideias expostas durante a manhã. Abordaremos quais são os princípios, as diretrizes e como as pessoas percebem aquele assunto dentro da Universidade. Os workshops vão ter resultados específicos para cada tema da agenda.
Quais serão as ações que a Universidade promoverá para incrementar a Agenda Socioambiental?
Maria Fernanda: A ideia é que, no segundo semestre, façamos uma semana do mesmo porte da Semana de Meio Ambiente, só que já teremos amadurecido princípios e diretrizes, o que nos permitirá falar sobre as propostas ou uma consolidação do diagnóstico. E, na terceira fase do projeto, em 2017.1, vamos trabalhar metas mais especificas.