A PUC-Rio foi vencedora da Categoria “Colaboração Universidade-Empresa” do Prêmio CAPES Elsevier 2022. O novo Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC-Rio, professor Luiz Felipe Scavarda, representou a Universidade, em Brasília, no dia 29 de novembro. Quatro dias antes, Scavarda foi nomeado professor titular da instituição. Doutor e mestre em Engenharia de Produção pela PUC-Rio (2003; 1999) e pós-doutor na Technische Universität Wien (Áustria, 2009), ele comenta o que espera desta nova fase da carreira.

O primeiro compromisso do senhor como Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa foi receber um prêmio em Brasília. O que ele representa para a Pós-Graduação da PUC-Rio?
Luiz Felipe Scavarda: O prêmio CAPES Elsevier tem seis categorias, todas elas associadas a indicadores de produção científica do SciVal. De acordo com as publicações da instituição de ensino superior, os critérios vão associar o reconhecimento em uma categoria, com a métrica de publicações de artigos de professores da PUC-Rio e professores do setor industrial. A Universidade teve um excelente percentual de artigos com publicação de autores que mesclavam PUC-Rio e empresas. Isto reflete um pouco a nossa proximidade com as empresas no setor industrial. Nós temos liderança em vários indicadores associados a essa interface. É uma grande honra, mas não foi uma surpresa ser reconhecido nessa categoria.

O senhor acaba de receber o título de professor titular do Departamento de Engenharia Industrial. Isto significa o coroamento da sua trajetória na Universidade?
Scavarda: É extremamente gratificante, uma honra imensa ser professor titular da PUC-Rio. É uma sensação de que o trabalho está no caminho certo, mas que ainda tem mais pela frente. É uma grande responsabilidade ser um exemplo, principalmente para os novos professores, mostrar o que deve ser feito. O trabalho tem que ser ainda maior para revelar a importância dessa categoria.

Quais os desafios de ser o novo Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa em um momento que o país enfrenta uma crise na área educacional?
Scavarda: Os desafios são enormes. A PUC-Rio trabalhou muito bem nas últimas décadas para chegar aonde está hoje na Pós-Graduação. Manter isto é o maior desafio. Eu gosto sempre de dizer que é uma excelência acadêmica a serviço da sociedade. Existem os problemas atuais que vemos no sistema de pós-graduação, mas a PUC-Rio sempre foi muito resiliente. Tivemos momentos muito bons, momentos ruins, e sempre saímos fortalecidos de todos eles. Eu tenho certeza que também vamos sair fortalecidos da atual conjuntura e continuar crescendo.

A grade curricular da graduação das engenharias vai passar por uma transformação no ano que vem. O que esta mudança pode impactar na Pós-Graduação?
Scavarda: Na graduação o impacto é enorme, porque é uma reforma que não foi conteudista. Ela envolveu método, trabalhou competências, fez com que o principal protagonista do curso fosse o aluno, não o professor. O curso gira em torno do aluno, procuramos fazer com uma maior proximidade para a indústria, mas baseada em projetos. O aluno que vai se formar com esse novo currículo é mais preparado para os desafios que vêm na pós-graduação, seja na indústria, seja na academia. Os currículos foram estruturados de maneira a facilitar a integração entre graduação e pós-graduação. A ideia é fazer com que os alunos terminem a graduação tendo feito os créditos da pós-graduação. Foi algo muito bem desenhado no curso de Engenharia de Produção. É um caminho que a PUC-Rio tem que seguir com mais intensidade.