“Tecnologias do Futuro” é o tema da 9ª edição da Semana Integrada de Engenharia (SIEng), de 21 a 25 de agosto. A SIEng promove oficinas e seminários organizados por alunos de Engenharia com o objetivo de atrair estudantes de toda a Universidade. A programação ocorre de forma híbrida, com encontros no Edifício Cardeal Leme, palestras pelo Zoom e ainda inclui visitas em empresas. Uma das características do encontro é abordar assuntos relacionados ao mercado de trabalho. O aluno Diego Kristopher Possinhas, do 9º período de Engenharia Mecânica, e o estudante Gabriel da Silva Marques, do 4º período de Engenharia da Computação, participam da idealização, organização do projeto e apresentam os objetivos da SIEng. 

Por que vocês consideram inovadores os seminários promovidos pela SIEng?

Diego Kristopher Possinhas: Todo ano a gente tenta trazer temas que estão em evidência. Fazemos uma pesquisa para saber o que interessa mais aos alunos, já que a Semana é de alunos para alunos. Neste ano escolhemos o tema  “Tecnologias do Futuro”, que inclui Inteligência Artificial, blockchain, entre outros assuntos. 

Gabriel da Silva Marques: Nesse percurso, desenvolvemos os temas tecnologias do futuro, para o futuro e do seu futuro, porque visa também a direcionamentos profissionais. 

Como os temas abordados podem aproximar os estudantes do mercado de trabalho? 

Diego: Independentemente do tema principal, organizamos workshops e minicursos de Excel, por exemplo, e abordamos temas sobre mentalidade no mercado de trabalho que contribuem para o aluno no âmbito profissional.

Gabriel: Temos diversas atividades e palestras que possibilitam essa aproximação. Haverá algumas de desenvolvimento pessoal que são importantes para o ambiente de trabalho. Procuramos aproximá-las da realidade e das exigências do mercado.

A Semana intercala reuniões teóricas e práticas. Qual o objetivo desta dinâmica?

Diego: A organização do evento serve para diversificar a estrutura e para atrair perfis diferentes, como uma pessoa que tem conhecimento de Excel, mas não sabe algo mais teórico. Ou alguém que queira aproveitar a programação de formas diferentes.

Nos últimos tempos, o debate sobre Inteligência Artificial ficou mais recorrente entre pessoas que não possuem contato com esta tecnologia. Quais as consequências da “popularização” do assunto para o bem e para o mal? 

Gabriel: Eu acredito que existem diversas questões sobre essa popularização, uma das principais, que envolve muito nosso contexto, como estudantes, é justamente a simplificação do estudo. Às vezes até pelo comodismo, essa simplificação pode tanto ser negativa quanto positiva. Se utilizada como ferramenta de pesquisa para atingir outros tópicos de estudo, ela é muito positiva. Entretanto, o que tenho visto muito na Universidade é a utilização para simplificar demais os trabalhos. A pessoa acaba perdendo o olhar crítico perante aquilo que ela escreve e diante daquilo que pesquisa na internet.

Diego: A popularização pode acabar simplificando muito o debate e afastar o olhar crítico, que vai além de “vão acabar com os empregos” ou “esta aqui é a solução de tudo”.

Os assuntos que serão abordados na SIEng podem ser compreendidos com facilidade por estudantes de outros departamentos?

Diego: Sempre tentamos mesclar um pouco do conteúdo técnico com o conteúdo acessível, chamamos palestrantes com domínio nos assuntos para falar numa linguagem acessível a qualquer pessoa. Independentemente de o aluno ser de engenharia ou não, o intuito é conseguir fazer com que todos entendam os diversos pontos da palestra. Essa é a nossa proposta. 
Gabriel: Com a proposta de ser algo de aluno para aluno, priorizamos muito a acessibilidade. Buscamos oferecer oportunidades de aprendizado para todos, como a palestra sobre liderança com o técnico de vôlei Bernardinho, que acredito ser algo de interesse para estudantes de qualquer departamento.