Somos PUC-Rio
4 de março de 2024 as 06:30
As professoras Erica Rodrigues e Roberta Portas estão à frente da Semana de Acolhimento que tem como inspiração o humanismo e a grande fraternidade (Foto: Mateus Monte)
Na Semana de Acolhimento, os calouros vão sentir pela primeira vez o gostinho da vida universitária. Uma série de atividades foi programada por várias instâncias da PUC-Rio, tendo à frente as professoras Erica dos Santos Rodrigues, da Coordenação Central de Graduação, e Roberta Portas, da Coordenação Central de Inovação em Estratégia Pedagógica. O objetivo é que cada novato descubra na PUC-Rio um ambiente que vai além do ensino. Desde a conversa com professores, funcionários e veteranos ao passeio pelos centros e cursos, do cafezinho à visita à Biblioteca Central, passando por momentos lúdicos, há muito o que se conhecer e vários motivos para se integrar. Como lembram as professoras: é tempo de conjugar o verbo “desterritorializar”. A convivência começa agora e dura toda a vida do jovem aluno.
Clique aqui para conferir a programação da Semana de Acolhimento.
Qual é a proposta da Semana de Acolhimento e Integração e quais instâncias da Universidade estão envolvidas em sua organização?
Roberta Portas: A Semana de Acolhimento e Integração, como o nome diz, tem como proposta principal o acolhimento dos calouros neste primeiro momento de chegada na vida universitária em nossa instituição e a integração com a comunidade acadêmica. É um momento de nos conhecermos e apresentarmos as pessoas, os ambientes e os processos, que irão acompanhar o estudante no seu percurso formativo. A organização e a realização da Semana é fruto de um trabalho conjunto, integrado, da Coordenação Central de Graduação (CCG) e da Coordenação Central de Inovação em Estratégia Pedagógica (CCIEP). Estão envolvidas diretamente as Coordenações Setoriais de Graduação e as Coordenações de Graduação que, por sua vez, fazem a interlocução com professores no nível dos departamentos e cursos. O planejamento e a estruturação da Semana têm sido conduzidos por um grupo formado pela CCG e pela CCIEP, Programa de Integração Universidade Escola (PIUES), Pastoral Universitária Anchieta e Coordenação do NECE/CTC. A divulgação da programação e a comunicação de forma geral contam com a participação da equipe WEB/RDC e do LabCom Comunicar. A Coordenação de Atividades Comunitárias e Culturais (CACC) e a Coordenação de Eventos Institucionais e Cerimonial (CEIC) têm atuado na alocação dos espaços físicos e na programação cultural juntamente com a Pastoral Universitária. Todas as ações estão sendo apoiadas pela Reitoria, pelas Vice-Reitorias e pelos Decanatos.
Em 2024, a Semana entra na terceira edição. Como foram pensadas as dinâmicas deste semestre?
Erica Rodrigues: Como nos semestres anteriores, a proposta foi promover a aproximação entre alunos, professores e funcionários, e o diálogo interdisciplinar, o encontro de saberes e de experiências. Pensamos uma diversidade de atividades – de relaxamento ou de trabalho com o corpo, momentos de trocas informais como o café comunitário, ações de caráter cultural, apresentação de algumas unidades como a Biblioteca e a Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI), atividades lúdicas que permitem ao aluno explorar o campus e conhecer setores e funcionários, entre outras. Cumpre destacar os encontros de todos os calouros com a Rede de Apoio ao Estudante (RAE) e as atividades integradoras, que vão ocorrer ao longo da terça-feira, dia 5, uma reelaboração do que foi feito no semestre passado. Teremos várias atividades, cada uma conectando cursos/centros distintos. Assim, iremos reunir, por exemplo, alunos de Economia, Ciência da Computação e Ciclo Básico do CTC. Ou então, alunos de Direito, Nutrição e Pedagogia em outra. Para isso, o trabalho dos coordenadores e professores é crucial. É uma experiência de conjugar o verbo “desterritorializar”, com todos os desafios que esse tipo de encontro promove e com todas as possibilidades que abre para diálogos futuros. A ideia é mostrar para o aluno que somos vozes orquestradas na formação de profissionais abertos ao compartilhamento de experiências, à construção de novos saberes e à definição de caminhos que tenham sempre a pessoa humana no centro.
Como a Semana se alinha com a identidade e a missão da Universidade?
Erica Rodrigues: Acho que o Marco Referencial da Universidade é a inspiração, traz os valores que estão presentes nas atividades da Semana: a visão de PUC como espaço para “diálogo interdisciplinar”, que promove a formação de “alunos com a capacidade de perceber a realidade e sensibilidade às necessidades do outro e do bem comum”, que serão “profissionais competentes, habilitados ao pleno desempenho de suas funções, com sentido de responsabilidade e participação”. E, principalmente, a PUC como um lugar onde o nosso modo de ser é coletivo: SOMOS PUC-Rio!
Roberta Portas: A experiência da Semana de Acolhimento ativa o campus como um lugar educativo, vivo, que promove e fortalece vínculos comunitários. As atividades estão pensadas para acolher, conectar e integrar pessoas, comunicando nossos valores e criando uma cultura de cuidado, centro de nosso fazer educativo. Como nos lembra Pe. Paulo Veríssimo, S. J., o humanismo solidário, que está na base da proposta educativa das universidades católicas, encontra um forte eco na medida em que este acolhimento e integração nos permitem conviver como uma verdadeira e grande fraternidade.
Ao longo das edições observa-se um engajamento cada vez maior dos alunos que atuam como voluntários. Como essa participação deles ajuda a promover novos diálogos?
Erica e Roberta: Os voluntários são alunos veteranos que já viveram o acolhimento em edições anteriores da Semana de Acolhimento. O crescimento dos voluntários reflete exatamente o trabalho que vem sendo desenvolvido. Quem foi bem acolhido deseja transmitir para os que chegam o espírito de proximidade entre os alunos. Este é o resultado de um trabalho muito consistente que vem sendo realizado pela Pastoral Universitária Anchieta. Os alunos têm encontros prévios onde são orientados e onde se busca construir esse conceito de integração. O número crescente de voluntários espelha isso: de 18, na primeira edição, passamos a 56, na segunda, e alcançamos 111 neste terceiro momento. Algo muito importante também é que não há voluntários de um Centro ou de outro, são todos voluntários PUC-Rio, que vestem literalmente a mesma camisa.