Considerado o maior congresso sobre banco de dados da América Latina, o Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados 2022 (SBBD 2022) vai ocorrer presencialmente em Búzios, entre os dias 19 e 23 de setembro, após dois anos de realização on-line em decorrência da pandemia. É um dos encontros mais tradicionais da área de computação que envolve profissionais dos setores científico, acadêmico e industrial. Durante o simpósio, serão discutidos temas como ciência e tecnologia, voltados para a área de banco de dados – ciência de dados e Big Data. O SBBD é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e organizado anualmente pela Comissão Especial de Banco de Dados (CEBD). Esta 37ª edição tem a coordenação geral do professor Sérgio Lifschitz, do Departamento de Informática. Ele comenta as contribuições do SBBD para o mercado da computação e a importância do envolvimento da PUC-Rio na conferência.

Quais os principais temas que vão pautar a edição deste ano do Simpósio?
Sérgio Lifschitz: Nos últimos anos, a área de bancos de dados vem incorporando temas muito atuais em ciência e tecnologia, como Big Data e Ciência de Dados, entre outros. Artigos de pesquisadores de instituições de todo Brasil vão abordar alguns destes assuntos, com aplicações diretas em projetos de empresas públicas e privadas. Também serão apresentados e discutidos trabalhos de investigação com abordagens interdisciplinares no gerenciamento de sistemas, técnicas de aprendizado de máquina no contexto de grandes volumes de dados, e também o uso ético e responsável de dados de maneira geral.

Qual a importância de se debater esses temas?
Lifschitz: São temas e tópicos que cada vez mais se mostram ubíquos para quase todas as áreas de ciência, não mais somente na área de exatas, mas também ciências humanas e sociais. Assim, para profissionais da área de tecnologia, trata-se de uma oportunidade para manterem-se atualizados com as novidades e pesquisas em andamento, participar de minicursos, palestras e tutoriais com professores e pesquisadores renomados, sempre buscando um avanço em relação ao estado da arte.

Quais são as contribuições que esses encontros podem gerar para a sociedade?
Lifschitz: De maneira geral, os simpósios e conferências científicas servem como um espaço de debates em que os participantes aprendem muito com as atividades propostas. Em particular, por ser um evento presencial após dois anos de pandemia e realizações on-line, sabemos que são criadas oportunidades ímpares para colaborações em pesquisa, desenvolvimento de produtos e troca de conhecimentos. O chamado networking que ocorre nestes eventos tem reflexos diretos para a sociedade, porque o impacto nos participantes, que virão de todas as regiões do país, é muito grande já que um canal de transformação e transmissão de conhecimento e novas tecnologias é aberto. Cabe observar que temos alguns patrocinadores também, que não são da área acadêmica, e que terão oportunidade de mostrar resultados de cooperação que inspiram alunos e pesquisadores para não desistir e seguir adiante com as iniciativas.

O Departamento de Informática foi um dos organizadores da 1ª edição do Simpósio, em 1986. O que significa para o DI o envolvimento neste encontro, que é considerado o maior da América Latina?
Lifschitz: Certamente é uma grande honra para o DI coordenar mais uma vez o SBBD, dado que podemos dizer que o evento nasceu na PUC-Rio. Sempre houve um certo pioneirismo do DI em diversas áreas de conhecimento no tema de computação no país, e na área de bancos de dados não ficamos para trás. Cabe mencionar que além de coordenar o SBBD deste ano, também assumimos o desafio da coordenação em 2020, realizando um dos primeiros eventos on-line da Sociedade Brasileira de Computação com sucesso absoluto de realização. Associar o nome do DI e da PUC-Rio a eventos com muito prestígio científico, como o SBBD, é algo importante para todos na PUC, alunos, professores e funcionários, e existe a chance de atrair alunos novos, principalmente para nossa pós-graduação.