Um novo reitor para a igreja
1 de abril de 2016 as 06:30
A Igreja do Sagrado Coração de Jesus tem novo reitor: padre Alexandre Paciolli. A posse será nesta segunda-feira, 4, às 12h, com missa celebrada pelo Grão-Chanceler da PUC-Rio e Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, O.Cist.. Engenheiro mecânico e ex-fuzileiro naval, padre Alexandre encontrou no sacerdócio a principal vocação. Velejador nas horas vagas, ele é adepto também de outros esportes. Nesta nova missão à frente da Igreja da PUC, ele comenta as expectativas de trabalhar com jovens universitários e os projetos que pretende desenvolver.
Como o senhor recebe o desafio de administrar a igreja?
Padre Alexandre Paciolli: Servir. Servir o mais possível, com muito amor toda essa galera que está aqui.
Por que o cargo é de reitor e não de pároco ou capelão?
Padre Alexandre: Como estamos em uma Universidade Pontifícia, o Direito Canônico regula a função como reitor e não como capelão. É uma extensão da Reitoria da Universidade, para cuidar da parte religiosa dos alunos e funcionários.
Como será a cerimônia de posse?
Padre Alexandre: O Cardeal Dom Orani Tempesta vai presidir a celebração, e estarão presentes alguns padres jesuítas da Universidade. Na cerimônia, será lida a provisão da minha nomeação como reitor desta igreja, e o bispo vai me entregar as chaves da igreja.
Quais são os projetos para este ano?
Padre Alexandre: O principal projeto é fazer a comunidade acadêmica sentir esta igreja como extensão de casa, ser um lugar de acolhimento. Um lugar onde se possa sentir literalmente abraçado pelo amor de Deus. Meu outro objetivo é estar disponível para todos, um padre que seja um padre amigo, um colega. Um padre que também passou pela Universidade, que sabe dos problemas de um universitário e dos desafios que existem em uma vida universitária.
Quais os desafios pastorais desta nova missão?
Padre Alexandre: Ninguém ama o que não conhece. Muita gente passa para a sala de aula e não sabe que existe esta igreja, que ela tem atividades e atendimentos.
Que trabalho a igreja tem desenvolvido com alunos, professores e funcionários?
Padre Alexandre: Muitos atendimentos pessoais. As pessoas vêm aqui com um problema, uma dificuldade, e encontram um padre amigo para conversar. Nós temos também duas missas diárias, grupos de oração e alguns trabalhos sociais de formação de lideranças femininas desenvolvidos na Rocinha. O objetivo é possibilitar a essas mulheres aprenderem o papel que elas têm na sociedade.
Esse trabalho é especificamente com as mulheres cristãs-católicas?
Padre Alexandre: Não. O trabalho na Rocinha abrange mulheres de qualquer denominação religiosa. As jovens alunas vão como observadoras, no início, e depois entram no trabalho.
Como a experiência como velejador ajuda na missão como padre?
Padre Alexandre: Eu gosto de tempestades. Um velejador quando vê uma tempestade não foge, vai ao encontro porque é uma oportunidade de ir mais adiante. Ao chegar à PUC, me encontro com inúmeros desafios e não me assusto, me animo. Vejo a tempestade chegar e monto meu barco para velejar naquela tempestade. Há dois projetos que gostaria de levar adiante. Primeiro, um acampamento de vela que já está sendo programado, fazer uma travessia entre o Rio e Angra dos Reis, para aqueles que são corajosos, não porque é perigoso, mas porque tem que ter coragem. E o segundo é trazer alguns amigos, velejadores de peso, para bater um papo com o pessoal da PUC.