Unir para preservar o meio ambiente
7 de novembro de 2014 as 06:30
Nesta segunda-feira, 10, ocorre o Seminário Internacional da Rede de Homólogos de Meio Ambiente e Sustentabilidade. O encontro reunirá 32 universidades jesuítas, a ONU e a WWF, no auditório do RDC, para discutir questões ambientais e a criação de uma rede de pesquisas internacional entre essas instituições. A abertura será às 9h, com o Reitor da Universidade, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., que, em seguida, fará uma conferência magistral sobre o tema Ética e Meio Ambiente. O diretor do Núcleo de Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), professor Luiz Felipe Guanaes, explica os objetivos do encontro, que é unir as universidades, com apoio da Igreja Católica, para um trabalho conjunto de conscientização sobre o meio ambiente.
Qual o objetivo do Seminário de Homólogos?
Luiz Felipe Guanaes: É um encontro oficial da Associação das Universidades Jesuítas da América Latina (AUSJAL), ligado à Conferência de Províncias Jesuítas da América Latina (CPAL). O NIMA e a PUC estão recebendo o encontro e ajudando na organização. São 32 universidades da América Latina que vão participar. A AUSJAL elege algumas temáticas consideradas importantes, sendo a principal, o meio ambiente. É considerado homólogo porque são diversas universidades buscando a mesma interação na discussão ambiental. Um dos objetivos principais do encontro é a montagem de um grupo de trabalho, com representantes do maior número possível de universidades, para que nós tenhamos continuidade nas nossas ações e nos nossos projetos. O papel do NIMA é representar a PUC nesses projetos.
Qual a proposta do encontro?
Guanaes: A proposta é que, à medida que somos uma universidade jesuíta e temos uma meta em comum em termos de meio ambiente, possamos discutir sobre isso. Hoje, vivemos em um mundo de redes. Os problemas são hipercomplexos, e a ideia é que possamos estabelecer uma rede acadêmica de extensão entre essas universidades, visando potencializar as competências. Se trabalharmos dessa forma, será muito mais interessante. A ideia é criar uma rede de trabalho em comum de pesquisa: identificar sinergias e aumentar a força das nossas ações à medida que trabalhamos em conjunto. Nosso objetivo é fazer com que a Igreja ajude a mudar o comportamento das pessoas. A grande meta da CPAL é conseguir divulgar essas ações para cuidar da natureza como um todo
Quais são as metas do encontro?
Guanaes: Primeiramente, a ideia de compor uma rede. Definimos três temas norteadores que as 32 universidades pretendem trabalhar em conjunto. Como isso vai ocorrer será em decorrência do workshop que haverá entre representantes após as palestras. Serão três metas principais. A primeira é o conceito de campus sustentável, em que todas essas universidades terão uma ação de forma integrada, visando à sustentabilidade, que é uma meta única, respeitando a individualidade de cada Instituição. A segunda temática é a ideia de projetos de desenvolvimento local sustentáveis em cada universidade em função de determinadas ações no seu entorno, por exemplo. E finalmente, a temática Amazônica. Temos de levar em conta que muitas dessas universidades estão no entorno do bioma Amazônia, o que tem muita importância, inclusive, existe o Projeto Inaciano Pan Amazônico, que busca uma integração nas ações pró-Amazônia. Esperamos que as universidades possam avaliar como agir nesse assunto e tentaremos estabelecer uma rede de ações em sustentabilidade.
Qual a importância da parceria com a WWF e a ONU?
Guanaes: A articulação entre nós e a sociedade civil, através dessas instituições. À medida que montamos uma rede regional da América Latina, é interessante que haja uma conexão com outras redes de pesquisa em desenvolvimento sustentável. A ação é integrar entre nós para, posteriormente, integrar ao mundo. Estamos em busca de sincronias.
O que é o Projeto Inaciano de Ecologia?
Guanaes: É um site que estamos montando para dar suporte a todas as escolas jesuítas do planeta, em termos de educação ambiental, linkando ciência, ética e espiritualidade. O objetivo é que tenhamos uma referência que nos permita dar conteúdo aos professores, para que eles possam passar aos alunos, e esses terem uma homogeneidade de discussão das questões ambientais. Há uma preocupação muito grande em relação às crianças e aos jovens.