Entrevista

Tecgraf de Portas Abertas

Tecgraf de Portas Abertas

Um dia para conhecer o que há de mais moderno em pesquisa e desenvolvimento de sistemas computacionais para o setor do petróleo. Assim será o Tecgraf de Portas Abertas, que ocorre na quinta-feira, 30, a partir das 9h, no Edifício Padre Laércio Dias de Moura, ao lado do Ginásio. O diretor do Instituto Tecgraf PUC-Rio, professor Marcelo Gattass, e a pesquisadora Melissa Lemos relatam como surgiu a proposta de “abrir as portas” da instituição para receber alunos e professores. É necessário se inscrever para participar da visita. A programação completa e o formulário de inscrição estão no site www. tecgraf.puc-rio.br/tecgraf-portas-abertas.

Qual a proposta do Tecgraf de Portas Abertas?

Marcelo Gattass: O Tecgraf de Portas Abertas é uma maneira de estimular a integração do Instituto com o resto da PUC. Nós temos um trabalho transversal, desenvolvemos projetos para fora da PUC, para empresas, mas a energia e a criatividade do Instituto vêm dos cursos da PUC, dos alunos, da formação e conhecimento produzidos na Universidade. Nosso objetivo é atrair a comunidade acadêmica, não apenas os alunos, mas os professores também, para conhecer melhor o Tecgraf e, assim, buscar novas oportunidades de cooperação. O Instituto Tecgraf é um órgão da PUC vinculado diretamente à Vice-Reitoria de Desenvolvimento. Trabalhamos para desenvolver projetos que avancem o estágio de conhecimento da sociedade, e resolver problemas que ainda estão em aberto na sociedade brasileira. Essa é a nossa missão.

Quais os projetos desenvolvidos pelo instituto?

Melissa Lemos: A principal aplicação do Tecgraf é na área de petróleo, é para a Petrobras, embora trabalhemos com outras empresas também. Pensando na Petrobras, que é nosso maior foco, costumamos dizer que atuamos do “poço ao posto”. Temos sistemas computacionais para ajudar a instalar desde um poço até a outra ponta que está distribuindo gasolina. Temos áreas de geologia, geomecânica, geofísica e até logística, monitoramento de frota de veículos. Não temos o projeto, temos vários projetos, cada um com sua importância dentro da cadeia do petróleo.

Gattass: O Tecgraf tem valor não por uma coisa especifica, mas pelo conjunto da obra. São mais de 300 pessoas trabalhando no mesmo modelo para achar soluções. Hoje temos 40 contratos em andamento, dentro de cada contrato existem vários objetivos. Temos cerca de 43 produtos, que são softwares instalados em plataformas, em escritórios, não apenas no Brasil, mas no mundo todo. A ideia central é a conexão do conhecimento com a utilização dele na sociedade.

Como surgiu a ideia do Portas Abertas?

Melissa: O projeto não surgiu do zero. Desde 2008, quando ainda éramos laboratório do Departamento de Informática, fazíamos divulgação dos projetos e trabalhos desenvolvidos e que os alunos de informática não conheciam. Era pouco tempo para apresentar tantos trabalhos e os alunos queriam também ver os outros projetos. A partir disso, pensamos em fazer esse evento não apenas para os alunos de Informática, mas para todos os alunos da Universidade, de outras áreas do conhecimento. Havia pessoas interessadas, de toda PUC, em conhecer os projetos que temos aqui. Resolvemos promover um dia para que os alunos, os professores e até mesmo os funcionários do Tecgraf viessem conhecer nosso trabalho, esclarecer as dúvidas, conhecer nossos projetos. Fizemos uma programação com várias palestras, que serão repetidas ao longo do dia, de forma que o aluno possa se inscrever naquela atividade que ele está mais interessado.

Gattass: No fundo, o objetivo é buscar a integração. Uma integração interna, entre os setores do Tecgraf, e uma integração com a Universidade, para que as pessoas saibam o que é o Instituto e o trabalho desenvolvido aqui. Somos pioneiros em computação visual. Estamos voltados para o setor de petróleo, mas temos diversos outros trabalhos nessa parte de computação visual em parceria com outras empresas, como a TV Globo.

O que os visitantes podem esperar?

Melissa: Organizamos uma programação, que está no site do Tecgraf, como palestra de 30 minutos, apresentação de determinadas área, mostrando produtos, executando os programas, apresentação da aplicação daquele software. Será mais prático. A principal ideia é a transparência. Tem tanta coisa bacana no Tecgraf, que, na época em que eu estudava na PUC, eu mesma não conhecia. Esperamos que, com este encontro, os alunos e professores conheçam mais o Instituto, as coisas boas que estão sendo feitas aqui.

Gattass: A última coisa que queremos é que os alunos venham por uma atividade complementar, mas porque queiram vir. Nossa meta é que os alunos nos conheçam e descubram pontos de contato conosco.