No dia 1° de junho, às 15h, no RDC, o Departamento de Informática e a Americanas S.A. lançarão um novo programa de capacitação, o Americanas Futuro Lab PUC-Rio. Haverá 40 vagas na turma inaugural, todas com bolsas de pesquisa e com possibilidade de concorrer a bolsas de estudo parciais ou integrais. O objetivo da iniciativa é incentivar alunos de todos os cursos da Universidade, interessados em trabalhar com inovação e colaborar com a solução de problemas reais do mundo corporativo. O projeto terá a cocriação de professores da PUC-Rio e e profissionais dos times de tecnologia e inovação da Americanas S.A.. Na cerimônia de lançamento, representantes da Universidade e da companhia vão apresentar a proposta do programa que utiliza a metodologia P&DI ágil (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação). Os professores Hélio Lopes e Marcos Kalinowski, do Departamento de Informática, que estão à frente do projeto, contam um pouco como funcionará esta parceria com a Americanas S.A.. As inscrições estão abertas até 12 de junho no site http://www.afuturolab.inf.puc-rio.br.

Como surgiu a ideia do projeto?
Hélio Lopes – Em uma conversa com funcionários das Americanas S.A.. Eles passaram para nós que tinham dificuldade de encontrar talentos, pessoas na área de tecnologia, não só na área de ciências de dados, mas na área de desenvolvimento. E aí eles perguntaram quantas pessoas a PUC-Rio formava e como eles poderiam aumentar esse número. Daí surgiu a ideia de juntarmos as forças para conseguir formar mais pessoas. Uma das maneiras que encontramos foi conseguir que a Americanas S.A. pudesse pagar parte da mensalidade destes alunos. Assim podemos trazer mais talentos para a PUC. Esta ajuda financeira vai motivar os alunos a ficarem dentro da nossa Universidade.

Como será o processo seletivo?
Marcos Kalinowski – Os alunos interessados poderão preencher um formulário para se inscrever. Nele, os estudantes fornecerão algumas informações básicas como o período e curso. Além disso, será necessário anexar o currículo e histórico escolar, este será importante para avaliarmos o desempenho acadêmico. Certamente vamos considerar isto como um dos critérios. Também terão que incluir um vídeo, no qual deverão explicar a motivação para entrar na iniciativa. Depois, alguns candidatos passarão para a segunda fase de entrevista. A avaliação será em colaboração com os professores organizadores do projeto e os funcionários das Americanas S.A.. Serão selecionados 40 candidatos, todos com bolsa de pesquisa

Quem poderá participar?
Marcos Kalinowski – As inscrições estarão abertas para alunos de todos os departamentos da Universidade com previsão de formatura em três anos ou menos. Naturalmente, haverá uma maior demanda por alunos das áreas dos cursos de Ciências da Computação e Engenharia da Computação. Os projetos vão ter como foco a inovação e a transformação digital, soluções que envolvem tecnologia. E o programa será intermediado pelas Americanas S.A. pelo setor de inovação deles, o DLab (Digital Lab). No entanto, outras engenharias serão bem-vindas e, até mesmo, alunos de Design, por ter toda a parte de criação e cocriação, da solução que envolve inclusive o design das interfaces e interação com os usuários. Pessoas de outros departamentos como economia, direito, administração, psicologia, também podem se inscrever, vai depender muito do tipo de problemas e desafios que serão tratados.

O que é a metodologia P&DI ágil?
Marcos Kalinowski – A Pesquisa e Desenvolvimento Ágil para Transformação Digital é uma iniciativa em andamento no Departamento de Informática, a ExACTa. A metodologia foi criada pelo professor Hélio Lopes, por mim, pela professora Simone Barbosa e o professor Marcus Poggi. Nós criamos uma maneira de trabalhar em soluções que envolvem pesquisa aplicada para trazer soluções para o mercado de maneira veloz que atenda às demandas. Mais informações podem ser obtidas no link http://exacta.inf.puc-rio.br/

Quais são os benefícios para quem for participar do programa?
Hélio Lopes – Acho importante ressaltar que esta é uma iniciativa de integração entre a indústria e a academia. Tem uma perspectiva de tratar desafios interessantes do lado da empresa e, também, trabalhar uma formação diferenciada para os alunos envolvidos. Aqueles que ingressarem no projeto receberão certificados, e serão treinados por professores da PUC, então vão ter acesso a uma formação complementar. Em termos de empregabilidade, eu não consigo imaginar um aluno que saia desta experiência com dificuldade de se posicionar de alguma forma.