As inscrições para o processo seletivo da nova opção de graduação da PUC-Rio, Tecnológico em Gestão Financeira (TecFin), estão abertas até o dia 18 de novembro e podem ser feitas pelo link www.puc-rio.br/vestibular/201912Tecfin. São contemplados três eixos de formação: finanças corporativas, mercado de capitais e fintechs (associação da tecnologia ao mercado financeiro). A habilitação tem como pilares a rápida transformação tecnológica presente nos últimos anos, a demanda por profissionais especializados em gestão financeira, capazes de desenvolver novos produtos e serviços, e a visibilidade crescente de empresas de tecnologia voltadas para a área. A coordenadora do curso, professora Cláudia Soares, do IAG, falou sobre os diferenciais, o mercado de trabalho e a proposta da nova graduação, que terá duração de três anos e uma oferta de 40 vagas para a primeira turma.

Como foi identificada a necessidade de implantação do curso na Universidade?

Cláudia Soares: Criamos a graduação Tecnológica em Gestão Financeira por um acompanhamento de mercado, vimos que existe demanda pela formação de profissionais na área financeira. Além desta demanda profissional, existe uma tendência de os jovens optarem por cursos mais curtos. A graduação tem duração de três anos, são seis períodos totalmente focados na formação profissional da área financeira.

Qual o tipo de profissional que o curso irá formar? Onde ele poderá trabalhar?

Cláudia: O curso pretende formar especialistas na área financeira, que hoje tem um mercado amplo. Além das disciplinas fundamentais na área de finanças, que são contabilidade, matemática, matemática financeira, estatística, e outras, o nosso curso tem três eixos de formação profissional. São eles as fintechs (empresas na área de finanças que estão associando tecnologia à área financeira), mercados de capitais, onde poderá atuar desde como operador até a parte comercial, e finanças corporativas, como gestor financeiro. Ou seja, no egresso deste curso, ele poderá atuar em algum desses segmentos de mercado.

Qual a proposta do curso?

Cláudia: Hoje os profissionais acabam fazendo outros cursos de graduação, depois fazem pós ou MBA, se especializando em finanças, para depois entrar neste mercado. A nossa proposta é: vamos fazer um curso mais curto, totalmente voltado para a área financeira, com preço acessível, em que a pessoa que tem interesse possa automaticamente aprender o que quer de forma mais rápida, sem fazer o caminho de uma graduação de 4 anos para posteriormente fazer uma especialização em finanças. Na verdade, o aluno vai percorrer rapidamente disciplinas básicas, fundamentais no primeiro ano, e depois ele ingressa na prática profissional financeira.

Qual a diferença de um curso tecnológico para os outros?

Cláudia: O MEC, atualmente, regulamenta dentro da graduação três tipos de cursos: o bacharelado, que é o mais comum, a licenciatura, que é a formação de professores e o tecnológico. O aluno que se forma na graduação Tecnológica em Gestão Financeira pode ingressar no MBA, entrar diretamente no mestrado como um aluno bacharel. A diferença é o tempo e a prática profissional. A graduação tecnológica prevê a formação profissional do aluno. Ele tem um foco mais prático e é isso que fizemos no desenho do curso. O aluno vai ter, de fato, a aplicabilidade dos conceitos, a realidade do mercado muito mais rapidamente que um estudante bacharel, que faz isso na Universidade também, mas busca mais a prática profissional em estágios.

Quais são os diferenciais do curso?

Cláudia: São alguns diferenciais. O primeiro diferencial é ter um curso tecnológico com uma grade premium PUC-Rio. Carregamos neste curso não só um desenho de disciplinas voltadas para a atualidade, mas, também, a construção desses três eixos profissionais que entendemos como determinantes para o profissional financeiro. Junto a isso, os valores relacionados à sustentabilidade, que é o DNA da PUC-Rio, e, também, a ética profissional, que hoje em dia é o que mais precisamos nos postos de trabalho. Vamos ter a formação de um aluno que hoje o mercado está demandando, uma formação premium, dentro da área de financeira, mas, por um outro lado, com olhar estratégico voltado para a sustentabilidade e a ética profissional.

Qual a importância de disciplinas como a de Finanças sustentáveis?

Cláudia: Não se pode mais viver sem o pensamento voltado para a sustentabilidade. O profissional da área financeira tem que ter uma visão voltada para este aspecto, de ativos verdes, de não investir em ativos que, de alguma forma, podem estar prejudicando o meio ambiente. A importância é total, é formar um profissional contemporâneo voltado para as necessidades do mercado, do mundo e do meio ambiente. Há a questão da finança digital, que é muito atual também. Vemos a proliferação de fintechs, de negócios digitais voltados para o mercado de uma forma geral. O aluno aprenderá a gerir financeiramente o negócio com a visão da sustentabilidade, uma visão mais global do trabalho.

Como foi montada a grade curricular? Houve alguma inspiração?

Cláudia: A gente se inspirou na própria experiência de mercado que temos. Aqui no Departamento, temos professores especialistas nas três áreas. Pegamos essa experiência e especialização dos professores e criamos a grade curricular.

Em qual espaço físico do campus serão as aulas?

Cláudia: No IAG. Tem também um outro diferencial do curso que são as instalações, pretendemos ter muitas disciplinas ministradas nos laboratórios e toda a estrutura que oferecemos hoje para os alunos.