Entrevista

Reitor da Igreja da PUC-Rio assume o cargo de assessor de Comunicação da CNBB

Por: Bernardo Brigagão

Reitor da Igreja da PUC-Rio assume o cargo de assessor de Comunicação da CNBB

Padre Arnaldo Rodrigues: “grande parte das coisas aprendemos também na vida prática” (Foto: Sophia Marques)

Padre Arnaldo Rodrigues, Reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, da PUC-Rio, e professor do Departamento de Comunicação, assume a partir de agosto a Assessoria de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Doutor em Comunicação Social pela Universidade Pública La Sapienza, Roma, ele vai conciliar a nova função com as atividades realizadas na PUC-Rio. Padre Arnaldo pretende usar toda a experiência do trabalho desenvolvido nas redes sociais da Arquidiocese do Rio de Janeiro para aproximar os jovens da CNBB. Feliz com a indicação, o sacerdote diz que a nova função vai significar um momento de crescimento pastoral, profissional e humano.

Como o senhor recebeu o convite para assumir a Assessoria de Comunicação da CNBB?
Padre Arnaldo Rodrigues:
O convite partiu primeiro da presidência da CNBB para o Chanceler Dom Orani. Entraram em contato com ele perguntando se poderia ceder o sacerdote, que seria eu, para trabalhar na CNBB, na Assessoria de Comunicação. Depois, o secretário da CNBB, Dom Ricardo, entrou em contato comigo fazendo o convite formal de colaborar com a instituição. Foi dessa forma: eu estava dando aula quando recebi a mensagem pedindo para entrar em contato com ele. Recebi o convite com muita alegria e disponibilidade de servir à Igreja, de modo especial na Conferência. E também porque é uma oportunidade de exercer um pouco daquilo que gosto e aquilo que a própria Igreja me proporcionou de aprendizagem nos estudos, como o mestrado em Comunicação Institucional e o doutorado em Comunicação Social.

Quais os desafios desta nova missão?
Padre Arnaldo:
Creio que os desafios desta nova missão se igualam também a qualquer pessoa que trabalha com Assessoria de Comunicação de uma outra instituição nos tempos atuais. Obviamente que a CNBB tem a sua particularidade, porque é uma instituição religiosa. É a maior Conferência Episcopal do mundo, são mais de 400 bispos, mais de 400 dioceses e arquidioceses no Brasil inteiro. Meu trabalho específico é com a presidência da CNBB e é de modo institucional. A relação com as instituições governamentais, com a imprensa e todos os outros órgãos. Então, o desafio é tentar articular um bom relacionamento nessas áreas, de forma a promover uma comunicação proativa na própria Conferência.

O que as experiências à frente da Arquidiocese do Rio de Janeiro e na PUC-Rio como Reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus e professor do Departamento de Comunicação podem contribuir para o trabalho na CNBB?
Padre Arnaldo:
Cuidar da Comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro, estar na igreja da PUC e como professor do Departamento de Comunicação são três funções que colaboraram muito com a minha formação. Nem tudo nós aprendemos nos livros e nas aulas, grande parte das coisas aprendemos também na vida prática. Pude ter oportunidade de vivenciar bastante a realidade da Comunicação dentro da Igreja e também na relação da Igreja com seu público externo. Estou levando, certamente, não só isso, mas o apoio do Departamento de Comunicação, de modo especial da professora Tatiana Siciliano, professora Luciana Pereira, sem falar também do Reitor Padre Anderson Pedroso, S.J., e do Arcebispo Dom Orani Tempesta O.Cist., no apoio desta nova missão. Levo um pouco dessa experiência que, com certeza, vai me ajudar nesta realização.

O senhor desenvolve um trabalho dinâmico nas redes sociais da Arquidiocese. Já tem algum projeto para as redes sociais da CNBB?
Padre Arnaldo:
Bom, eu tento trabalhar, tento corresponder um pouco às necessidades e às demandas das redes sociais, de modo especial da Arquidiocese. Quanto à CNBB, nós temos uma equipe muito boa de jornalistas que já trabalham nesse departamento. Meu papel principal agora é conhecer, ver e estudar um pouco os dados que temos nas redes sociais da Conferência Episcopal. Primeiramente é isso, conhecer um pouco, avaliar e depois traçar uma estratégia de Comunicação não somente de respostas, mas também uma Comunicação propositiva que mostre o trabalho da Conferência. E, ao mesmo tempo, que responda às perguntas e às necessidades desses relacionamentos com as outras instituições.